21/11/2013 - NEOLIBERAL OU NEOKEYNESIANO


 
A ideologia liberal nasceu do principio de que o mercado regularia a atividade econômica, mediante liberdade de iniciativa, troca justa de mercadorias, eficiência e eficácia. Isto, no final da Idade Média, sendo a ideologia dominante imposta pelos países avançados daquela época. John Maynard Keynes (na primeira metade do século XX) provou que o mercado sozinho não faria isto, sendo necessária a intervenção do Estado na economia, criando uma ideologia geralmente aceita. Após a primeira guerra mundial, radicalizando, de forma oposta, surgiu a ideologia comunista, através da revolução russa de 1917. O mundo bipolarizado durou cerca de 60 anos. Novo mundo surgiu com a queda do muro de Berlim, novas ideologias brotaram. Uma delas tomou o nome de Consenso de Washington, conclave que ocorreu em 1989, visando redefinir a política econômica nos países da América Latina. No cenário da época, a União Soviética tinha sido desfeita e se encerrava os dez anos de poder da primeira ministra Margareth Tachter, no Reino Unido, a qual emanava orientações neoliberais, sintetizadas em duas palavras: Estado mínimo. O Consenso de Washington se traduziu em um decálogo, cuja implantação no Brasil se deveria fazer por Fernando Collor, presidente então eleito, participante daquele evento. Entretanto, Collor fez o mais violento Plano Econômico, em 1990, sequestrando 80% do dinheiro em circulação, uma intervenção que jamais Keynes recomendaria. Não bastasse o quinto congelamento econômico de preços e salários, da era da Nova República, Collor, em 1991, fez o sexto congelamento. Em seguida, procurou realizar o Estado mínimo da economia. Renunciou, após 30 meses de mal fadado governo. Assumiu o vice-presidente, Itamar Franco, que fez o último Plano Econômico, global, dentre os quinze já realizados, o Plano Real. Mas, continuou seguindo parte do receituário do Estado mínimo. Por dois mandatos FHC (1995-2002) prosseguiu intervindo, mas também seguindo parcialmente o Estado mínimo. Por dois mandatos, o ex-presidente Lula, embora se autonomeasse pós-neoliberal, brecou, embora não resistisse, fez algumas parcerias público privadas, típicas do Estado mínimo. A atual presidente Dilma fez algumas estatizações. Porém, não resistiu e realizou algumas parcerias público-privadas.
Em suma, neoliberal seria o que os Estados Unidos, a Comunidade Britânica (53 países afiliados) e a União Europeia (17 componentes, fora os da anterior Comunidade referida), salvo melhor juízo. Seria o desejo e a imposição (em certo sentido) do mundo rico. Neokeynesiano é todo e qualquer receituário atualmente mundial. O que muda, entre emergentes e pobres, são as defesas partidárias, isto é, interesses supervenientes de determinados grupos econômicos.

 

 

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