16/11/2013 - MAIS SOBRE O IMPÉRIO


 

Em artigo do dia 10-10-2013, formulou-se nesta coluna a breve anatomia do imperialismo. Informações complementares serão aqui citadas, constantes do livro Formação do Império Americano, de Luiz Alberto Moniz Bandeira, que ganhou o prêmio Juca Pato, concessão anual da União Brasileira de Escritores. Aliás, o autor possui mais de 20 livros publicados que se referem ao poderio americano. Segundo ele, após a independência americana, em 1776, os Estados Unidos estiveram envolvidos em 212 anos de guerra e somente 25 anos de paz. O lema americano é o conhecido ditado popular: “faça o que eu digo, mas não faça o que faço”. Assim, detonaram duas bombas atômicas no Japão, quando a segunda guerra mundial já estava praticamente ganha, as quais mataram centenas de milhares de japoneses, vez que continuaram e continuam matando, pela herança biológica, sendo hoje milhões daqueles que foram atingidos pelas irradiações, desde 1945. Entretanto, fizeram o mundo proibir que a maioria dos países do globo fizesse artefatos atômicos, pela imposição do Tratado de não Proliferação de Armas Nucleares. Iniciaram a chamada guerra fria com a União Soviética, a qual se desmoronou. Porém, a herança armamentista da Rússia continua. Ela conta com 1.800 ogivas nucleares estratégicas operacionais. Em contraposição os Estados Unidos possuem 1.950 ogivas operacionais e 2.500 ogivas de reservas.
A propósito das denúncias de espionagem divulgadas nos [últimos meses, o autor afirma que a espionagem constitui um elemento essencial na história dos Estados Unidos. Ademais, na guerra do Vietnã se utilizou de armas químicas e bacteriológicas, possuindo hoje grande arsenal. Lá, entre 1965 a 1972, inclusive no Camboja, causou quase 5 milhões de mortes, além do nascimento de 400  mil crianças com defeitos físicos, segundo a Cruz Vermelha. Conforme Bandeira: “Nos últimos anos, nenhum setor econômico cresceu tanto quanto a indústria de armamentos, daí o afã doentio pelas guerras, não apenas do ex-presidentes George Bush (pai e filho), mas também do Prêmio Nobel da Paz, o atual Barack Obama, cujos gastos militares, da ordem de US$685,3 bilhões, em 2012, ainda foram 69% mais altos em termos reais do que em 2001, quando começou a ‘war on terror’, no Afeganistão e, em 2003, com a invasão do Iraque”, consoante reportagem de hoje do jornal “ A Tarde”.  Lembre-se que o pretexto de dez anos atrás foi o uso de armas químicas pelo Iraque, o mesmo argumento que Obama usou recentemente, ameaçando invadir a Síria. Adianta, ainda, Bandeira que das 100 maiores empresas de armamentos, 47 são dos EUA. Sabendo disso, o Brasil deveria pautar-se de estratégia de defesa para evitar ou reduzir a espionagem.

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