03/11/2013 - MORTALIDADE EMPRESARIAL


 

Cerca de 50% das empresas não passam de cinco anos no Brasil. A idade média delas é de oito anos. Mais de 30% tem menos de três anos. Existem menos de cinco milhões de firmas registradas. Na informalidade existem mais de dois milhões de firmas. Por que perecem tanto? Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) a primeira causa das mortes das empresas é a falta de planejamento e profissionalização do empreendedor. Este defeito também diz respeito ao governo brasileiro que não tem planejamento adequado. Desde 1979 que o País deixou de fazer planejamento de longo prazo, mediante metas estabelecidas, conforme o fez de 1949 a 1979. A segunda razão é a questão da burocracia. Existe um cipoal de mais de cem mil leis. Impossível alguém estudar e conhecer o seu teor em sua vida útil.  A terceira é a elevada carga tributária. Os brasileiros pagam mais de 36% do PIB em tributos. A quarta é a dificuldade de acesso ao crédito. Ora, os bancos somente emprestar a quem pode pagar ou tenha baixo risco. A quinta é a dificuldade de implementar sistemas informatizados de gestão de negócios. Os softwares são muito caros e complexos, segundo ainda o IBPT.
No geral, no País, de 2011 para cá, o número de empresas subiu 10%. Isto permitiria inferir que está dinâmica a economia nacional. Mas, não. Consoante apresentado há grande número de mortes empresariais, seja por que em muitas áreas faltam marcos institucionais ou porque os empreendedores não avaliaram com segurança o negócio em que se envolveram. Pouquíssimos fazem plano de negócios ou procuram ajuda de órgãos consultivos.
Entre os setores produtivos, a maioria das empresas está no setor de serviços, vindo depois o comércio, a agropecuária e a indústria, evidenciando que o Brasil tem trajetória semelhante aos países desenvolvidos, sendo considerado pela ONU como emergente.

 

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