20/11/2013 - PAUTAS BOMBAS


 

A presidente Dilma em reunião com as lideranças da base aliada no Senado, ontem, fez um apelo para que as chamadas “pautas bombas” não fossem votadas ao menos até a eleição do próximo ano. O que ela quer com isso é assegurar a sua reeleição. Persiste com o projeto do PT de não largar o poder, lançando o ex-presidente Lula em 2018, caso reeleita, fechando o cerco do ideário político de permanecer no poder pelo menos 20 anos. Este também era o projeto político do ex-presidente Fernando Collor, mas que foi denunciado pelo seu irmão, Pedro Collor, de cobrar propina dos empresários, através do seu secretario particular, Paulo Cesar Farias, assassinado há alguns anos atrás. Já o PT, mesmo com as denúncias de corrupção, de prisão de alguns de seus líderes, ainda apresenta Dilma, nas pesquisas, tal como a do IBOPE, de ontem, vencedora no primeiro turno, em 2014. Por isso mesmo, a presidente Dilma nem comenta as recentes prisões. Mas, o ex-presidente Lula “deitou falação”. As repercussões virão nas próximas pesquisas.
Voltando as “pautas bombas” se tratam, como exemplos, de pleitos de governadores e prefeitos que peregrinam pelo Senado, em busca de ampliação dos seus recursos constitucionais, assim como da votação de propostas que aumentem salários de policiais e a de que estabelece piso salarial para agentes de saúde. Estas estão em linha para reduzir os recursos em poder da União, a qual concentra mais de 60% da arrecadação nacional. A quebra de braço entre União, de um lado, Estados e Municípios, de outro, vem de longe. Estes últimos argumentam que os municípios têm de gastar 25% com educação, lei pétrea constitucional, enquanto os reajustes salariais dos últimos 20 anos foram acima da inflação. Argumentam, ainda, que os subsídios dados nos dois últimos anos, para construção civil, automóveis e linha branca de eletrodomésticos também reduziram seus aportes financeiros esperados. Ademais, ainda alegam que a União faz programas municipais e conclama os beneficiários para ter infraestrutura das novas melhorias.
A esse respeito, o Programa de Mais Médicos se estenderá, pelo ministério da Educação, mediante abertura de novas faculdades de medicina, ampliando em 11 mil novas vagas. Para o município inscrever-se deverá ter cinco leitos do SUS, por estudante, três estudantes para cada equipe do Programa Saúde da Família, dispor de áreas de urgência, emergência e residências médicas, de cinco áreas médicas prioritárias. Inversões que os municípios declaram não ter condições de arcar. Dessa forma, o progresso por aqui continua a andar devagar, porque a quebra de braços por recursos tem sido eterna neste País.

 

 

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