12/11/2013 - PAÍS DO AGRONEGÓCIO
No século XX o Brasil lutou para
deixar de ser um Modelo Primário Exportador, característica principal da sua
dinâmica econômica de 1500 a 1950, quando existia o atraso. Já a partir de 1930
a ênfase se deu para alterar o modelo com dinâmico no Modelo Industrial
Substituidor de Importações. Em apoio ao
setor primário e ao setor industrial se desenvolveu fortemente o setor de serviços.
O Brasil então deixou de ser um país subdesenvolvido, desde os anos de 1970, para
ser um país de renda média, na faixa de renda per capita entre US$5 mil a US$16
mil. Tem hoje o País renda per capita por volta de US$11 mil. Porém, no século
XXI, a grande demanda mundial por produtos primários, notadamente da China, tem
promovido a “reprimarização” do País. A visão que se tem dele, pelo restante do
mundo, é de um dos maiores provedores de alimentos no presente e no futuro.
Entretanto, o que mudou no modelo do século passado para o atual foi justamente
a de que o se exportava matérias primas, sendo uma economia pouco mecanizada e
de baixa produtividade. Mas, compreendendo estatísticas do período de 1975 a
2010, a produtividade cresceu em média anual 2,95%, para os cinco principais
grãos, arroz, milho, feijão, soja e trigo, contra a produtividade média
nacional por volta de 1%. Não fora maior, devido ao fato do chamado “custo
Brasil”, cuja logística é das mais custosas do mundo.
As exportações do agronegócio
atingiram US$102,3 bilhões, entre setembro de 2012 a agosto de 2013. A China
absorveu 21,2% desse total e é a maior parceira. Motor do crescimento econômico
as exportações do agronegócio são o principal gerador de saldos comerciais. Em
outro enfoque, a balança comercial do agronegócio teve superávit de US$72,1
bilhões, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, acima do registrado nos dez
meses do ano passado, de US$67,2 bilhões, sendo o maior da série histórica do
período. Já as importações do agronegócio, acumuladas de janeiro a outubro
deste ano, somaram US$14,329 bilhões.
O Brasil possui a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), criada nos anos de 1970, uma das
pesquisadoras que se encontram na vanguarda das pesquisas mundiais. Há muito
espaço para crescer. O Brasil tornou-se líder em inovação agropecuária.
Contudo, somente um quinto dos empreendimentos rurais usa alta tecnologia,
conforme o Censo Agropecuário de 2006 do IBGE (censos dessa natureza sempre
foram muito defasados).
Segundo a Secretaria das Relações
Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, o principal
destaque de 2013 aconteceu com a abertura do mercado japonês, o maior do mundo,
para a carne suína brasileira, que também teve acesso ao mercado americano.
Ademais, houve o início de vendas de carnes de aves para o México, grande
importador do produto, além da retomada das exportações de carnes para a
Rússia, Jordânia, Chile e Peru.
A EMBRAPA se reporta ao ano de 2.000,
quando as exportações do agronegócio foram de US$20 bilhões, tendo ultrapassado
em 2013 mais de US$100 bilhões, sendo esperado para 2020 o valor de US$150
bilhões.
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