14/11/2013 - PIORA DAS CONTAS
Sem dúvida, a piora das contas
públicas não vem de hoje. Inúmeras questões se fazem presentes. Porém, está
claro que, desde a estabilização da economia, de 1994 até hoje, os dois
governos de FHC penaram para manter a estabilidade, mediante também problemas
internacionais dos anos de 1990. FHC ficou de 1995 a 2002. Porém, o presidente
Lula, surfou em dois mandatos de quase tranquilidade, à exceção da pequena
recessão do segundo semestre de 2008 e primeiro semestre de 2009. Em 2010, a
economia cresceu 7,5%, em uma recuperação que se pensou se repetiria os anos de
1970. Mas, qual? Veio a inflexão, com a presidente Dilma, colocando o Brasil em
situação de dificuldades econômicas, tendo como grandes consequências a piora
nas contas públicas.
Qual o custo líquido de carregar
a dívida pública? Ela compromete 50% do orçamento em crescendo em termos reais. Historicamente, o
País nasceu devendo. Países hoje avançados não pagaram sua dívida colonial, tal
como fizeram países como os Estados Unidos. O Brasil, não. Tornou-se forçado a
rolar uma dívida pública indefinidamente. Convém citar aqui a coluna Última Palavra
da revista Isto é, datada de ontem, do diretor daquele grupo, Ricardo Arnt:
“Tradicionalmente, esse custo é comparado aos 5,5% do PIB que o governo gasta
para rolar a dívida pública e pagar aos portadores de títulos do Tesouro
Nacional e fundos de investimento”. Quer dizer, o custo ofensivo da dívida
federal, desde 1822, é maior do que o gasto com orçamento do Ministério da
Educação, que está por volta de 5% do PIB. Em conclusão, o País ainda se debate
com problemas da etapa colonial.
Não bastasse isto, o PIB está
rasteiro, a economia estagnada. Em quadro de recuperação da economia mundial,
existe fuga de capitais do Brasil e cresce o déficit externo, já por volta de
3,6% do PIB. As reservas internacionais estão por volta de US$360 bilhões. Mas,
vão ter de ser usadas. Aliás, já existe ameaça de desvalorização da nota
internacional brasileira.
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