07/11/2013 - BALANÇO DO SETOR PÚBLICO
Mensalmente, a equipe econômica,
dirigida pelo Ministério da Fazenda, apresenta balancete mensal. Não é possível
somente em uma lauda, último propósito deste aqui, resumir. Contudo, as contas
públicas brasileiras recentes indicam a deterioração, mês a mês, da
administração da presidente Dilma. Retornando, após o Plano Real, de 1994, a
economia brasileira se estabilizou baseada no tripé, que lhe garantisse a
confiança nacional e internacional. Política monetária de combate à inflação;
política cambial flutuante; política fiscal de superávit primário, para pagar
pelo menos os juros da dívida pública, garantindo o grau de investimento (de
confiança).
O primeiro compromisso foi com a
inflação. Efetivamente, de inflação mensal de dois dígitos, que chegou a mais
de 2.500% ao ano, fechou em 1994 com inflação anual por volta de 900%. Em
sequência, retirou-a de dois dígitos mensais para um dígito anual nos anos
subsequentes. Em 2004, atingiu 3,1% de inflação, o menor nível da história
nacional. Logo, a inflação brasileira ficou controlada, mas nos últimos três anos
tem ameaçado ultrapassar 7% anuais.
O segundo compromisso foi com a
política cambial, de fixa para flutuante, mas de moeda nacional valorizada, a
maior parte do tempo, tem provocado a extinção de vários segmentos industriais
e não resolve a falta de competitividade de vários segmentos remanescentes.
O terceiro compromisso foi com
superávit primário. Qual não foi a surpresa de ver-se em setembro déficit primário
superior a R$9 bilhões? O governo nem economizou dinheiro para pagar juros da
dívida dois meses atrás, o pior desempenho mensal desde 1994. O superávit
primário anual desde aquela época prometido era de 3,5% do PIB. Neste ano,
projeta-se 1,5%.
Face ao exposto, um grande
conjunto de contas públicas tem mostrado deterioração. O PIB está por volta de
2%, estagnado. O pequeno superávit das contas externas, alcançado cinco anos
atrás, hoje se reverte em déficit de 3,6% do PIB. Os investidores estão
retraídos porque não foram feitas as reformas prometidas, nem aprovados novos
marcos econômicos e, tampouco, gerado estabilidade para os campos das
inversões. O governo federal se alicerça no Programa Bolsa Família,
contemplando 50 milhões de habitantes. Isto está claro, objetivando ser
reeleito no ano que vem. Mas, muita água ainda passará por baixo da ponte.
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