18/11/2013 - SUPERAVIT FISCAL
A política econômica mundial
procura se justificar sempre em um tripé, configurado ora como o apregoado por
Keynes, modelo de intervenção do Estado, ou seja, a tríade política monetária,
política cambial, política fiscal. Ora, no modelo competitivo: empresa
nacional, estatal, multinacional. No caso brasileiro, a política monetária é a de
combate à inflação, mediante manipulação da taxa básica de juros (SELIC),
aquela taxa que remunera a maioria dos títulos da dívida pública, avaliada a
cada 45 dias pelo Banco Central. A política cambial é a de manter altas as
reservas internacionais, hoje por volta de US$360 bilhões, o que se traduz em
garantia de grau de investimento dos capitais estrangeiros no Brasil, bem assim
mantendo a moeda real valorizada. No caso do dólar alterar-se muito, o Banco
Central pode entrar comprando ou vendendo divisas. A política fiscal é a de
gerar superávit primário, que é a diferença entre receitas tributárias menos
despesas governamentais, a fim de gerar saldos positivos que permitam pagar
parte dos juros da dívida pública e poder rolar parte dela. No caso de
dificuldades de caixa, o percentual acertado pode até reduzir, mas tem que O
modelo brasileiro é de curto prazo, vindo seguindo a normalidade.
No governo da presidente Dilma a
política monetária enfrenta dificuldades, visto que a meta da inflação é de
4,5%, mais viés de 2%, para baixo ou para cima, somando 6,5%. Referido teto já
foi tocado hoje está por volta de 6%. A política cambial tem se mantido nos
“conformes” dos estabelecidos acima. A política fiscal fixava uma economia de
3,5% do PIB. Esta vem sendo reduzida, além de o ministério da Fazenda vir
realizando manobras contábeis, denunciadas aqui e lá fora. O fato é que a
política fiscal vem se deteriorando na atual gestão. Da economia que deveria
ser de 3,5% do PIB hoje o governo já admite que seja de 1,8%. Uma conclusão
ruim é que, se o governo federal não está conseguindo nem pagar os juros
prometidos, sem dúvida, faltam muitos recursos para os investimentos em
infraestrutura.
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