11/11/2013 - CHEIRO DE CORRUPÇÃO
As obras públicas são
recomendadas pelo poder Executivo, aprovadas em orçamento anual pelo Congresso,
fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o qual realiza
recomendações. Cabe à Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional decidir
sobre a continuidade ou paralisação de referida obra. Na semana passada, o TCU
sugeriu a paralisação de sete grandes obras sobre suspeitas de superfaturamento
e outras irregularidades. No dia 07 passado a presidente Dilma reagiu,
considerando “um absurdo paralisar obra no Brasil”, justamente porque, para
ela, quem manda parar irá atrasar e aumentar os gastos de conclusão. Mas, por
que sempre acontece isto? Ora, os empreiteiros são useiros e vezeiros em
superfaturamentos. Fala-se em obra pública e logo se tem o cheiro de corrupção.
Em artigo de hoje The New York
Times International Weekly, em análise de Tendências Mundiais examina que o “Brasil
continua cruel, mas há vários sinais positivos”. Assim, o articulista Roger
Cohen, que já viveu no País avalia: “Nenhum país é tão violento por baixo de
uma superfície sedutora. Os jornais estão cheios de reportagens sobre aumento
dos índices de homicídios. A corrupção parece mais desenfreada do que nunca.
Ondas de protestos nas ruas manifestaram uma profunda insatisfação ... Essa linha de pensamento injusta, mas
reveladora, reflete duas preocupações. A de que o dinheiro do petróleo possa se
tornar uma maldição, como ocorreram em outros lugares, corrompendo tanto quanto
enriquece. A outra é de que as inclinações estatizantes do governo esquerdista
da presidente Dilma Roussef possam afetar a economia. Ela recriminou os Estados
Unidos pelas acusações de espionagem, ao mesmo tempo em que levou o Brasil a
estreitar mais ainda suas relações com Cuba. Ainda estou otimista em relação ao
Brasil. O pragmatismo é mais forte do que o idealismo no governo Dilma e o
empreendedorismo fazedor que impulsiona o País para frente perdura”.
Voltando ao TCU, as atuações dele
podem gerar economia da ordem de R$1,2 bilhão aos cofres públicos, no caso de
seguirem as suas recomendações para as sete grandes obras. Portanto, está
propondo a organização de órgão colegiado para reunir representantes das três
esferas governamentais, na busca de soluções para as obras públicas.
Infelizmente, continua forte o cheiro de corrupção. Sem dúvida, o Congresso
Nacional tem de dar resposta efetiva a corrupção que tanto afeta as obras
públicas.
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