26/09/2013 - SAÍDA DA MARCHA LENTA
Nesta semana se deu a reabertura
dos trabalhos na Organização das Nações Unidas, em Nova York, cujo primeiro
discurso anual tem sido feito tradicionalmente pelo presidente do Brasil, o que
foi feita pela presidente Dilma (dia 24 deste). Por oportuno, a equipe
econômica preparou-se para um “meeting” com banqueiros e investidores
internacionais. Os principais dirigentes brasileiros nas reuniões que se
seguiram, apresentaram as vantagens de serem feitas inversões brasileiras em
infraestrutura, tendo discursado ontem, inclusive aberto para a grande imprensa
internacional (dia 25) a Presidente, Dilma Roussef, o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Tratou-se da busca de uma saída da marcha lenta em que vem se conduzindo o
atual governo na condução econômica. Sem dúvida, a iniciativa está ligada a
mostrar melhor desempenho econômico nos próximos meses, perante a campanha
eleitoral da pretensa reeleição da presidente, que se encontra em primeiro
lugar nas pesquisas. O dado concreto é que o investimento bruto em relação ao
PIB, por volta de 18%, sendo as inversões governamentais de infraestrutura em
torno de 1%, não permite a economia sair da casa de 2% de incremento anual do
PIB. Portanto, é preciso crescer mais 5% de inversões anuais, para que o PIB
cresça acima de 4%.
A causa da retração investidora
se deveu, segundo a consultoria Deloitte, ao fato de que de 2004 para 2010, o
lucro das empresas de capital aberto subiu 134%, tendo caído, de 2010 para
agosto deste ano 34%. Dentro do processo de elevação dos seus custos,
destacam-se os gastos com mão de obra, aluguéis, energia, dentre outros, os
quais se elevaram em 40%, de 2010 para cá. Para o presidente do conselho de
gestão do Banco Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, banco este que foi um dos
organizadores do encontro acima citado: “O investimento só cresce, quando há
expectativa de mais lucro. Quando o lucro cai, e neste momento, em razão dos
custos mais altos, ele está caindo, o investimento segue baixo”.
Comentários
Postar um comentário