04/09/2013 - GESTÃO PÚBLICA
Merece estudo aprofundado, pelo
menos, pelo Ministério das Cidades, a dura realidade de 100 maiores cidades
brasileiras, quanto aos serviços públicos, conforme pesquisa efetuada pela
consultoria de gestão MACROPLAN, resenhada pela revista Exame, datada de hoje,
que apontam pistas para que os gestores brasileiros possam atuar em cinco áreas
fundamentais: saneamento, educação, segurança, saúde, mobilidade urbana.
Saneamento. A referência
internacional da OMS é de 60% de casas com esgotos sanitários. A média das
cidades brasileiras pesquisadas é de 48%. A adequação das instalações de águas
e esgotos nas casas revela que as 34 melhores colocadas ficaram nas regiões
Sudeste e Sul, sendo que das 15 primeiras, 12 ficaram em São Paulo. Quanto à
rede de esgotos e coleta de lixo, somente 9 cidades atingiram as metas do Plano
Nacional de Saneamento de 2011. As cinco melhores: Franca (99,3% de casas com
esgotos), Limeira (99,2%), Uberlândia (99,1%), Piracicaba (98,9%), Ribeirão
Preto (98,4%). As cinco piores: Santarém (34,7%), Aparecida de Goiânia (26,2%),
Ananindeua (22,5%), Porto Velho (20,3%), Macapá (17,5%).
Educação. Meta da UNESCO para
analfabetismo em 2015, como referência internacional é de 6,7%. A média
brasileira é de 9,8%. O estudo revelou que 73% das pesquisadas estão melhores
do que o índice de referência. Melhores: Curitiba (2,8% analfabetos),
Florianópolis (2,8%), Blumenau (2,9%), Santos (3%), Niterói (3%). Piores:
Caucaia (12,5%), Mossoró (12,6%), Vitória da Conquista (12,8%), Caruaru (14,2%),
Juazeiro do Norte (14,4%).
Segurança.
Tolerável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são 10 mortes por 10.000
habitantes. A média nacional é de 27.
Cerca de 8% das cidades estão melhores do que a referência. Mas, 92% das
cidades estão piores. As melhores: Santarém (3,1 mortos por 10.000 habitantes),
Franca (5,3), São Bernardo do Campo (7,8), Belford Roxo (8,5), Jundiaí (8,6).
As piores: João Pessoa (80), Vitória da Conquista (86), Serra (93), Maceió
(110), Ananindeua (158).
Saúde. Referência
internacional da OMS é de 10 nascidos mortos por 1.000 nascidos vivos. A média
brasileira é e 14. Eram 19% as cidades pesquisadas que estavam conforme o
referido indicador. As melhores: São José do Rio Preto (7,1 nascidos por
1.000), Ponta Grossa (8,1), Jundiaí (8,2), Florianópolis (8,3), Maringá (8,3).
As piores: Nova Iguaçu (19,8), Juazeiro do Norte (19,9), Macapá (20), Vitória
da Conquista (21,8), Guarujá (23,1). Pesquisa do IBOPE, em julho, revelou que,
numa lista de 25 itens, a saúde foi apontada como o mais problemático.
Mobilidade. Segundo o banco
Mundial, o número de habitantes por ônibus em circulação é de 394. A média
brasileira da pesquisa é de 235%. As melhores pesquisadas, servidas por ônibus:
Fox do Iguaçu (124,2), Niterói (125,1), Campinas (1226,7), São Bernardo do
campo (128), Contagem (140,3). As piores: Paulista (534,4), Petrolina (542,4),
aparecida de Goiânia (557,9), Caucaia (598), Juazeiro do Norte (657,2).
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