05/09/2013 - REVESES ECONÔMICOS




Uma semana depois das autoridades econômicas revelarem que o Brasil saiu do fundo do poço, após a divulgação de um resultado do PIB do 2º semestre deste ano, de alvissareiros 1,5%, chegando até a projetar-se uma taxa máxima de 6%, a partir do semestre em referência, eis que se divulgou agora que a indústria obteve forte recuo em julho, de 2%, tornando zero, o crescimento do PIB até agora, varrendo as expectativas de um PIB melhor deste ano, do que dos dois exercícios anteriores. O novo tombo na produção industrial reforça a trajetória errática desde início (janeiro-2011) do governo Dilma. Foram 16 altas e 15 quedas da indústria. Neste ano, depois de mais de dez anos, a balança comercial se deteriorou, sendo o que tem mais puxado para baixo, mantendo o déficit, mês a mês, é a conta de pagar as importações de petróleo. O rombo da conta passa de US$16 bilhões. Em julho, a Petrobras divulgou queda de 4,6% na produção de derivados de petróleo. Adeus, a autossuficiência.

O cenário da economia no governo da presidente Dilma não tem sido dos melhores. Estatísticas positivas e negativas se alternam. Referida instabilidade seguramente não está recuperando a confiança do investidor. É público o fato de que as grandes empresas negociadas em bolsa de valores estão de caixa abarrotado, aplicando em títulos da dívida pública e não em inversões produtivas.

Nem bem ainda se fez sentir os resultados da nova Lei dos Portos, a revista Veja datada de 28-09-2013, mostrou o imponderável sobre o assunto, em sua coluna “Números”. Assim, segundo ela: (1) “16 horas é o tempo médio que os navios aguardam para atracar no Porto de Santos, o mais movimentado do Brasil. Em 2003, o prazo de espera era de seis horas, segundo levantamento da empresa de logística Maersk”. (2) “21 dias é quanto demora, em média, para os contêineres serem liberados após a chegada. No porto de Roterdã, na Holanda, onde o tráfico é quatro vezes o de Santos, o processo leva dois dias”. (3) “130 é a posição do Brasil na lista que mede a qualidade da infraestrutura portuária em 142 países, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. Os melhores são Singapura e Holanda”.

A propósito, o mesmo Fórum citado reclassificou mais uma vez, para baixo, divulgado nesta semana, o grau de competitividade da economia brasileira.

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