03/09/2013 - RESENHA MOBILIDADE
A mobilidade urbana é algo sempre
referenciado como grande problema nas grandes cidades, onde tem prevalecido o
interesse econômico, em detrimento do interesse social. Isto é, são construídos
mais vias de transporte, bem como definido os veículos a serem utilizados como
aqueles que dão o maior lucro e não aqueles que sejam mais funcionais. Isto é
próprio do capitalismo. No entanto, em países mais avançados, a população exige
a funcionalidade e a menor poluição possível da mobilidade urbana. No Brasil,
há absurdos, como exemplo, o metrô de Salvador, que tem onze anos, para
construir seis quilômetros e nunca rodou. O pior, até agora já custou o dobro
do programado. Isto está próximo de um bilhão de reais.
O pesquisador Carlos Dora, da
Organização Mundial da Saúde (OMS), citado pelo jornal “A Tarde”, de ontem,
traz reportagem sobre a resenha do citado pesquisador, acerca de 300 estudos
sobre mobilidade urbana em todo o mundo. A sua conclusão é simples: uma rede de
transporte público, eficiente e de qualidade pode reduzir os problemas de saúde
pública, acidentes de trânsito, estresse, sedentarismo, obesidade, brigas, as
quais custam milhões de vida e bilhões de reais. Porém, a solução apresentada
por ele não é tão simples assim, já que reduzir o número de carros nas ruas,
poderá reduzir acidentes, conflitos, doenças, sujeira e poluição de monóxido de
carbono. Entretanto, as melhorias não serão ótimas. A solução é complexa. Em
primeiro lugar, o sistema de transporte deve ser adequado, versátil, limpo e
rápido, mediante uso de trens, metrôs, ônibus e retração do número de veículos,
circulando nas grandes urbes. Em São Paulo, por exemplo, os veículos pares
circulam em um dia, em outro dia circulam os ímpares. Outro exemplo, em
Londres, os carros pagam muito caro para ir ao centro da cidade e até são
proibidos em áreas centrais. Ademais, o transporte do carro particular
solidário, visando um carro completo de gente, outros 2, 3, 4 ou até mais
veículos poderão ficar em casa. Vale dizer também que o uso de veículos particulares
em excesso podem ocasionar problemas cardíacos, psicológicos, obesidade, além
do fato de que a falta de atividade física também leva ao sedentarismo.
Dados da OMS indicam que
aproximadamente 1,3 milhões de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito.
Nesse conjunto, o Brasil ocupa o quinto lugar, com 42 mil mortos. Segundo a
OMS, a meta é reduzir a poluição mundial em 50%, em 20 anos.
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