20/09/2013 - PODER MAIOR ECONÔMICO
Fala-se que o
homem mais poderoso do mundo é o presidente Barack Obama. Contudo, não é. Há
mais de um século que existe a instituição do Banco Central nos países do
mundo. Há milênios que o homem criou o dinheiro e os bancos surgiram para
administrá-lo. Em decorrência, surgiu o banco dos bancos. O Banco Central. O
atual quadro de funcionamento do dinheiro mundial foi dado em 1944, quando da
criação do Fundo Monetário Internacional. Naquela época, os países mundiais
concordaram que a moeda mais importante em circulação, o dólar, serviriam de
padrão de comparação com as outras moedas. Dessa forma, o presidente do Banco
Central dos Estados Unidos (FED) passou a controlar o dólar pelo globo. Quanto
mais precisa de dinheiro o mundo, para transações, ele emite moeda. Quanto
menos, ele lança títulos da dívida pública americana, para retirar dinheiro do
mercado. O inverso é verdadeiro. Assim, a dinâmica da esfera monetária dirige a
dinâmica da esfera produtiva. Portanto, as reuniões do FED costumam ser
precedidas de expectativas. Segundo Keynes, as pessoas demandam dinheiro por
três motivos: transação, precaução e especulação. Transação é óbvio. Precaução
está de acordo com a confiança que cada nação tem da sua moeda. Mas, especulação
é o motivo dos espertos de ganharem dinheiro ou perderem.
Na fase longa do
ciclo econômico atual, em 2008 começou a descida no ciclo, sendo cinco anos da
maior queda da atividade econômica, desde 1929, data da Grande Depressão.
Analistas mundiais estão acreditando na recuperação da economia americana e de
parte da economia europeia e na manutenção das maiores taxas das economias
emergentes (80% do globo), estando o restante (20%) na pobreza. Nessa
conformação, qualquer reunião do FED coloca as expectativas na ordem do dia e
os especuladores fazem suas apostas. A penúltima reunião, em julho (a última
foi a desta semana) o seu relatório adiantava que, provavelmente, em setembro,
o FED iria deixar de injetar cerca de US$85 bilhões mensais, o que já vem fazendo
há muito tempo, visando estimular as transações econômicas. Menos dólares no
mundo ocasionam desvalorizações monetárias globais. O Brasil foi o que mais
valorizou o dólar, recentemente, por volta de 20%. Porém, nesta reunião semanal
do FED, seu residente afirmou que continuaria ainda injetando dinheiro para
recuperar a economia mundial. Com isso, o dólar caiu no mundo todo, gerando
otimismo, para maior impulso econômico mundial. Tal comportamento é espetacular
e, sem dúvida, o mais forte do mundo. Quer dizer, ninguém sabe o que irá
decidir o presidente do FED, atual Ben Bernacke, sem dúvida, o homem mais
poderoso do mundo. Não sem razão, o mandato daquele presidente ultrapassa o do
presidente americano. Seus antecessores ficaram mais de dez anos no cargo e são
escolhidos pelo Congresso americano.
Comentários
Postar um comentário