14/09/2013 - MORTALIDADE INFANTIL

Relatório abrangente, considerando 22 anos, sobre mortalidade infantil, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) demonstra que a mesma vem caindo. O indicador geral dela se reduziu 77,4%, entre 1990 e 2012, numa média anual de 6,6% de queda, superior à média mundial de 2,9%. A taxa de mortalidade de crianças com até 5 anos no Brasil era em 1990 de 62 mortes a cada mil nascidos vivos. No ano 2.000 caiu para 33 óbitos. Em 2012 chegou a 14 mortes por mil nascidos vivos. As mortes de crianças até um ano no Brasil teve queda de 75% no período em tela. Em 1990 era de 52 óbitos, caindo para 13 por mil nascidos vivos em 2012. Na mortalidade neonatal, ocorrida nos primeiros 28 dias de vida, a retração foi de 28 para 9 óbitos no período em referência, equivalente a uma redução de 67,8%. A região que registrou maior queda no indicador de mortalidade infantil até 5 anos foi o Nordeste. Passou de 87,3 óbitos em 1990 para 19,6 por mil nascidos no referido período. As maiores retrações foram para Alagoas, que registrou 84% e, para o Ceará, de 82%.
As razões para quedas tão significativas, consoante documento citado, deveram-se à criação do Sistema Único de Saúde, na melhoria do atendimento materno e ao recém-nascido, aos esforços para prestar assistência à saúde ao nível comunitário, melhorias das condições sanitárias, aumento do conhecimento das mães, promoção do aleitamento materno, expansão da imunização, criação de iniciativas de proteção social, tais como o programa Bolsa Família.
Conforme a UNICEF, no geral, o País atingiu o Objetivo do Milênio, previsto para 2015, três anos antes. Contudo, o lugar brasileiro no mundo é bastante ruim, em 120º entre 182 países pesquisados. A colocação brasileira é desconfortável devido às iniquidades de indicadores das regiões do semiárido e da Amazônia.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, realizou ontem um discurso enaltecendo as gestões do PT na presidência da República, citando que, proporcionalmente, a maior parte dessa redução da mortalidade de crianças, cerca de 45%, deu-se nos últimos dez anos. A capitalização política que o mesmo se refere, omite que em 1990 o Brasil passou a ter governos eleitos diretamente pelo povo, bem como em 1994 ocorreu o Plano Real, que estabilizou a economia, quando começaram os ganhos de renda, notadamente do salário mínimo, prosseguidos e aperfeiçoados pelos governos petistas.  

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