11/09/2013 - VENDAS NO VAREJO
O Índice de Confiança do
Consumidor, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) calculado em julho
recuou 4,1% perante junho. Em agosto a recuperação alcançou 4,4%, em relação ao
mês anterior. A FGV não demora em publicar a sua pesquisa. O seu cálculo possui
uma cesta maior de bens de consumo duráveis. O cálculo do IBGE mostrou que as
vendas no varejo restrito, excluindo veículos e materiais de construção, apresentou
alta em oito dos dez segmentos pesquisados. Portanto, surpreenderam com
crescimento de 1,9%, quando as expectativas não eram nada otimistas, em relação
a junho. Vai demorar mais um mês para o IBGE publicar o número de agosto. É a
maior variação no consumo varejista, desde janeiro de 2012, conforme o IBGE.
Indo por partes, o IBGE calcula com mais retardo e cuidado nas variações dos
itens. A sua pesquisa é nacional, enquanto a da FGV é aplicada no Rio de
Janeiro. Por outro lado, o cálculo do IBGE ainda excluiu o segmento de
veículos, que caiu 3,5% em relação a junho, com variação de – 1,8%, em relação
a julho de 2012.
A divergência entre os dois
órgãos se deve ao fato que o indicador do IBGE captou para móveis e
eletrodomésticos, um dos maiores avanços em julho. Isso se deveu ao impacto do
programa Minha Casa Melhor, que se trata da oferta de crédito popular para
famílias mutuarias do programa Minha Casa, Minha Vida, de adquirirem até R$5
mil em produtos em questão. Em julho o referido segmento teve alta de 11% nas
vendas, em relação a julho de 2012. A Caixa Econômica Federal, responsável
pelos dois citados programas, informou que contratou R$1,2 bilhão para móveis e
eletrodomésticos. A sua expectativa é de liberar mais R$2,4 bilhões, perfazendo
R$3,6 bilhões e contratações em 2013.
A leitura que se faz das vendas a
varejo é de que estas não alavancam mais os investimentos, do que em veículos e
em materiais de construção, segmentos que são responsáveis por fortes
contratações de mão de obra.
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