15/09/2013 - AVALIAÇÃO AMERICAN EXPRESS


Neste final de semana o gerente geral do banco American Express do Brasil (AMEX), Giancarlo Greco, em entrevista ao jornal DCI, de São Paulo tem uma visão positiva sobre a economia brasileira. Para ele, um país que poderá crescer entre 2% a 3%, para padrões internacionais, é um bom desempenho, em ano ainda marcado pela retração econômica global. Ora, ele está comparando o Brasil com países que não são do seu grupo, o dos países emergentes, mas o comparando com os países ricos, que, efetivamente, estiverem crescendo nesse patamar, está bem colocando na classificação mundial. Dois erros de avaliação. O primeiro, o Brasil há mais de uma década cresce a metade da taxa dos países emergentes. O segundo, a economia brasileira está estagnada, visto que cresceu 2,7% em 2011, 0,9% em 2012, sendo esperado taxa pelo governo de 2,5%, porém o mercado financeiro já sinaliza uma taxa inferior a 2% para o atual exercício.
Segundo o referido jornal: “Ele lembra que o ambiente de negócios no Brasil é mais amigável para empresas americanas”. São suas palavras: “Dentro do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), por exemplo, é muito difícil fazer negócios na Rússia, e na China a margem é muito pequena. Então, o Brasil continua muito atraente para empresas como a AMEX”.
Por coincidência, no dia 13, o Banco Central divulgou seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), relativo ao mês de julho. Os dados dessazonalizados apontaram uma queda de 0,33%. Em relação a julho do ano anterior o resultado foi positivo. A taxa dos 12 meses se chega a 2,3%.

Na formatura de sexta feira (13), do PRONATEC, programa federal de ensino médio, a presidente Dilma assim se referiu: “Tem que acabar com aquela história antiga que este País podia ser rico com um povo pobre. Nós jamais podemos aceitar isso outra vez. Não basta o PIB crescer, tem que crescer para vocês. Não basta o PIB melhorar, a saúde tem que melhorar. Nós temos que trazer mais médicos para atender a população do País. Não basta o PIB crescer se não houver mais empregos de melhor qualidade. Agora, é muito importante que com tudo isso o PIB cresça”. Ora, quando o Brasil cresceu à taxa média de 4% ao ano, durante a era Lula, o que mais se falava era no incremento do PIB. Atualmente, está estagnado. Seguindo o discurso da presidente, o programa Mais Médicos está tendo dificuldades em arregimenta-los, embora a medida seja importante, bem como o PIB não tem crescido de forma sustentável, devido justamente a ausência de empregos de melhor qualidade. 

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