09/09/2013 - MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Previsto para hoje, durante a
Conferência Nacional Conclima, em São Paulo, a apresentação sobre o 1º
Relatório de Avaliação Nacional de Mudanças Climáticas no Brasil. O trabalho é
um resultado do concurso de 345 cientistas. Os dados previamente apresentados
mostram que no final do século o aumento da temperatura média no País variará
de 3 a 6 graus centígrados mais quentes. A avaliação na agricultura de hoje já
chegam a perdas de R$5 bilhões por ano. Assim, de 1990 a 2010, a intensidade de
precipitação de chuvas dobrou no Cerrado. Daqui para à frente, a região
Nordeste será uma das mais prejudicadas. A frequência de chuvas lá pode
diminuir até 40%, levando a um aumento de diversificação. Em princípio, os
dados são assustadores, visto que, até 2070 o rio São Francisco poderá ficar
25% menor.
Em síntese, o
que aumenta, segundo o relatório: períodos de secas e cheias mais frequentes;
intensificação de ondas de calor; risco de deslizamento de encostas; migração
de pragas e fungos; proliferação de insetos transmissores de dengue e malária.
O que diminui: 6% do potencial brasileiro de pesca; 24% da produtividade da
soja; 9,7% da produção de café arábica; 16% da produção de milho; 7,5% da
produção de arroz; 4,7% da produção de algodão, bem como a variedade de
cereais, hortaliças e frutas; biodiversidade 47% menor no Cerrado e 44% menor
na Caatinga; abastecimento de reservatórios de hidrelétricas; R$7,4 bilhões
relativos à produção de alimentos em 2020 e de R$14 bilhões em 2070; 40% da
quantidade de chuvas na região da Amazônia.
Os riscos à saúde
começam pelo sistema respiratório de quem vive em grandes cidades, visto que a
umidade mais baixa favorece a concentração de CO2 na atmosfera. As chuvas
escassas resultam em menos água limpa disponível, contaminando alimentos,
provocando diarreia. As chuvas frequentes provocam enchentes, disseminando a
leptospirose.
No geral, o
quadro feio acima apresentado serve de alerta e de desenvolvimento tecnológico,
para reverter as expectativas assustadoras, como sempre tem sido para as
previsões ambientais, muitas das quais nunca se efetivaram. Desde as previsões
de Malthus, de que os recursos crescem em progressão aritmética e a população
em progressão geométrica existem os fantasmas das más notícias. Porém, estes
têm sido superados pelo progresso.
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