13/09/2013 - VIRADA DEMOGRÁFICA


O ponto de virada demográfico é o momento em que a taxa de fecundidade se torna inferior a dois filhos por casal, o mínimo necessário para manter o tamanho da população. O Brasil chegou nessa situação em 2006. Contudo usufruirá até 2023 do chamado bônus demográfico, fase em que a população produtiva atinge sua proporção máxima em relação à de inativos, crianças e idosos. Depois daquela data não repetirá mais o referido bônus. O assunto se encontra comentado na revista Exame, datada de 18-09-2013, cujos dados foram aqui usados.
No ponto de virada demográfico, o Brasil estava em situação econômica pior do que a de três selecionados países desenvolvidos (Estados Unidos, Reino Unido, Coréia do Sul), bem como dois países que estão como emergentes, que estão hoje bem próximos aos chamados países de renda alta (Polônia, Chile). Os Estados Unidos alcançaram o chamado ponto de virada em 1972, possuindo renda per capita de US$22 mil; o Reino Unido em 1973, renda per capita de US$19,7 mil; Coréia do Sul em 1983, renda per capita de US$5,1 mil; Polônia em 1991, renda per capita de US$4,4 mil; Chile em 2002, renda per capita de US$6,8 mil; Brasil em 2006, renda per capita de US$4,9 mil. Embora a relação aqui coloque a Polônia com renda per capita de US$4,4 mil, mas foi em 1991. Por seu turno, o Brasil somente chegou ao ponto de virada em 2006. As produtividades dos países citados, por trabalhador em dólares, foram de US$62 mil; US$44 mil; US$20 mil; US$22 mil; US$30 mil; US$18 mil, respectivamente, na hora da virada. As taxas de investimentos em relação ao PIB foram de 19,9%; 22,5%; 29%; 18,9%; 21,3%; 16,8%, também na virada referida, respectivamente.
Decorridos seis anos, os indicadores brasileiros melhoraram. Porém, se não acelerar o crescimento, o Brasil vai envelhecer mal. A renda per capita passou de US$4,9 para US$11,3 mil, trata-se de país de renda média, que vai de US$6 mil a US$16 mil. A poupança interna em relação ao PIB caiu de 17,6% em 2004, para 16,5 em 2012. Já era uma poupança baixa, para ser um país desenvolvido e caiu ainda mais. O investimento em relação ao PIB saiu de 16,8% para 18,1%, reforçado pela poupança externa. Porém, precisa estar acima de 20%, para galgar taxa de incremento do PIB acima de 4%. A produtividade por trabalhador em dólares se elevou de US$18 mil em 2006, para US$22 mil em 2012. É muito pouco, em relação aos países desenvolvidos maduros que a tem mais de três vezes referido valor.

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