NFLAÇÃO OFICIAL ACIMA DA PREVISTA


I

O IPCA de 0,89%, divulgado pelo IBGE ontem, em novembro é o maior em cinco anos, vindo acima do previsto pelos analistas financeiros geralmente consultados pelo Banco Central. Ou, pela agência secular Reuters, que previu 0,78% em novembro. No ano a inflação está em 4,31%. Pela primeira vez, depois de muito tempo, acima da meta inflacionária de 4%, o que desequilibra a lógica da taxa básica de juros (SELIC) seguir a inflação. A SELIC está bem abaixo do centro da meta e, também, pela primeira vez, o Banco Central (BC) irá reunir-se na próxima semana, sendo ventilado no mercado financeiro que o BC irá manter a SELIC em 2% ao ano, porque acredita que a inflação é de curto prazo. As explicações do recrudescimento inflacionário são da forte alta dos preços dos alimentos e bebidas, puxados pela forte demanda internacional de commodities agropecuárias, além dos reajustes também fortes dos preços dos combustíveis, cujo preço do barril do petróleo tem se elevado acima da média histórica. Ademais, o dólar já se elevou em até 40% em 2020, que tem grande influência no IGP-M, outro indicador de inflação, este calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Aliás, este indicador tem de cerca de 30% de inflação influenciada pela alta do dólar. Isto é, inflação dos preços da balança comercial, entre exportações e importações. Em 12 meses, o IGP-M já alcançou 25%. O IGP-M é o índice que serve para corrigir os aluguéis. Locadores e locatários estão em grandes negociações visto que a economia nacional se encontra também em forte recessão.   

Em 11 meses, a inflação oficial do IPCA está em 3,13%. Repete-se aqui, que em 12 meses está em 4,31% e parece que subirá mais ainda. Não se sabe quanto. O IPCA mede a inflação da cesta de bens comprados por portadores de salários de um a quarenta salários mínimos. Outro índice nacional da inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também calculado pelo IBGE. Este mede a inflação da cesta de bens comprados por portadores de um a cinco salários. O INPC está em onze meses em 5,20% neste ano. Assim, uma conclusão geral é a de que a inflação brasileira está punindo muito mais as pessoas de baixa renda. Quase sempre é assim. Daí, recordar-se do ditado popular: “a corda sempre parte do lado mais fraco”.

 

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