ALGUNS IMPACTOS DURADOUROS DA PANDEMIA



Findando o ano e começam a serem divulgados impactos duradouros da pandemia do covit-19, decretada em 16 de março pela Organização Mundial da Saúde, que, longe está de terminar, mas já está deixando efeitos muito fortes da sua presença. Pela primeira vez, desde 1940, quando a expectativa de vida dos brasileiros era 45,5 anos, agora em 2020 irá recuar em até 2 anos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em estudos divulgados ontem. O que veio existindo desde 1940 foi a redução da mortalidade infantil, a longevidade populacional e os avanços da ciência médica, os quais fizeram aumentar ano a ano a esperança de vida do brasileiro, conforme estatísticas populacionais do IBGE. Por exemplo, em 1980 alcançou 62,5 anos; em 2000, 69,8 anos e, em 2019, 76,6 anos. As mulheres vivem em média mais do que os homens. No ano passado a esperança para as mulheres fora calculada em 80,1 anos, em relação aos 73,1 anos dos homens.

Conforme o economista Marcelo Neri, diretor da FGV-Social, perante a grande imprensa: “Historicamente, a cada três anos, nós ganhamos um ano de expectativa de vida ao nascer. Agora, vamos perder em um ano o que levamos seis anos para conseguir. Ou seja, não só vamos deixar de avançar como vamos também retroceder. Mas, o número de mortos foi tão grande, foi uma quantidade tão desproporcional, que acabou tendo todo esse impacto na expectativa de vida. Este número, 191 mil, equivale a quatro vezes as taxas anuais de homicídios no Brasil; por isso tem esse efeito demográfico gigantesco”.

Os impactos da pandemia em referência são muito grandes. Principalmente, devido aos efeitos de que 75% da letalidade da doença se concentram entre os idosos.

Por outro lado os desempregados, os subempregados e os desalentados nunca estiveram em números tão grandes, muito embora a renda per capita do brasileiro tenha se elevado, em razão do pagamento do auxílio emergencial, que beneficiou 67 milhões de brasileiros. Consoante as fontes de informações acima citadas. Cerca da metade da população está desocupada. A taxa era de 49,7% em maio e alcançou 49,6% em novembro. Conforme ainda as referidas fontes, nunca esta taxa, desde que começou a ser medida pelo IBGE, ficou abaixo de 50% da população.

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