CADERNETA DE POUPANÇA CRESCEU EM NOVE MESES



O Banco Central informou ao mercado que a caderneta de poupança pelo nono mês consecutivo apresentou saldo positivo. Isto é, os depósitos foram superiores aos saques de março a novembro. O que ocorreu e fato? As pessoas ficaram preocupadas com a pandemia do covit-19 e, desde o início, retraíram-se no consumo e passaram a guardar mais dinheiro do que antes. Ademais, teve também o auxílio emergencial do governo que reforçou a quantidade dinheiro em mãos das famílias, que começou em abril e terminará em dezembro.

Este movimento de consumir relativamente menos e poupar mais é típico do processo recessivo brasileiro, visto que o consumo das famílias corresponde a 60% do PIB nacional. Informou o Banco Central que em março (a pandemia foi decretada em 16 de março pela OMS) as famílias depositaram de forma líquida R$12 bilhões. A poupança por precaução em novembro, em termos de depósitos globais foram de R$297 bilhões. Já os saques corresponderam a R$295,5 bilhões. A captação líquida foi de R$1,5 bilhão. O saldo total da poupança atingiu R$1,013 trilhão em novembro.

O rendimento da poupança é de 70% do rendimento da taxa básica de juros, a SELIC, mais a TR (taxa referencial), que há muitos anos a TR tem sido zero. Como a SELIC está fixada em 2%, o rendimento da poupança tem sido de 1,4% ao mês. A poupança é uma aplicação de renda fixa como exposto. Não diminui. Sempre aumenta, mas em termos monetários. Porém, em termos de ganhos reais tem sido negativa, visto que a inflação de 12 meses está por volta de 3,4%. Logo, a perda real é de aproximadamente 2% ao ano.

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