DESEMPREGO CONTINUA AVANÇANDO



Por que o desemprego continua avançando, se a economia brasileira já retomou o crescimento econômico, não obstante, em doze meses, houve uma forte recessão, por volta de 4,5%? Resposta direta: quando fora decretada pela OMS a pandemia do novo coronavírus, a determinação universal fora de que deveria haver o isolamento social de várias camadas da população brasileira, o que reduziu, de imediato, drasticamente, desde 16 de março até meados deste ano, o número de pessoas trabalhando. Ademais, muitas pessoas perderam o empenho em procurar o emprego, visto que não tinham esperança de encontrá-lo, que são chamados de desalentados. Mas, depois do relaxamento das medidas do isolamento social, nos últimos meses, estes passaram a procurar trabalho. Não o encontrando, forçaram para cima a taxa de desemprego, que deve continuar avançando, pelo menos, até que haja uma recomposição da força de trabalho. Hoje em dia, da chamada população economicamente ativa, mais da metade não retornou ainda às atividades produtivas de forma integral.  

Assim, a população que procurou trabalho e não encontrou no trimestre encerrado em outubro se elevou para 14,1 milhões de trabalhadores formais, conforme divulgado ontem pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do período em referência. Correspondem a 7,1% a mais do que no trimestre encerrado em julho. Conforme ainda o IBGE foram acrescentados 931 mil pessoas à população desocupada e fez a taxa de desocupação se elevar 0,5%, chegando a 14,3%. Repete-se aqui, o que correspondeu a 14,1 milhões de desempregados, que poderiam ter emprego formal. Trata-se da maior taxa para o período, desde que a pesquisa em referência se iniciou em 2012.

Segundo também o IBGE, a população ocupada também cresceu no citado trimestre, findado em outubro, chegando a 84,3 milhões. Referido trabalhadores correspondem a 48% dos 175 milhões de brasileiros em idade produtiva.

Afora a desocupação, o IBGE calcula também a subutilização da força de trabalho, que leva em consideração também indivíduos que estavam disponíveis e gostariam de trabalhar mais horas. Dessa maneira, a taxa de subutilização caiu 0,7% no trimestre citado, chegando a 29,5%. Ou seja, 32,5 milhões de brasileiros.

 

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