FORWARD GUIDANCE
Orientação para frente seria uma tradução do que o mercado financeiro está chamando hoje de forward guidance. Ou seja, o comportamento esperado para a taxa básica de juros (SELIC) em 2021, que seria deslocar-se para cima. A política monetária ortodoxa é bem clara: se a inflação está ascendente se combate coma elevação dos juros básicos e vice versa. Não é o que está acontecendo neste ano, quando o Banco Central (BC) reduziu a SELIC até 2%, já abaixo da inflação há pelo menos dois meses, mantendo referida taxa pela terceira vez neste ano (em mais de quatro meses). Pela política monetária referida era para ter-se elevado a SELIC. Mas, o BC argumentou que não elevou porque a inflação aumentou no curto prazo e se reduzirá no longo prazo. E se não se reduzir e se elevar mais ainda? Taxas de juros negativas estimulam o consumo e, se o auxílio emergencial for prorrogado, haverá pressões para cima do consumo das famílias.
Perante as incertezas do fim ou não da pandemia do covit-19 e a recuperação mais rápida da economia, pressões da demanda agregada ocorrerão e haverá tendências de elevação de preços. O BC tem assinalado que a SELIC seria elevada a partir de setembro do próximo ano, para 3% anuais. No entanto, analistas do mercado financeiro consultados pelo BC acreditam que a elevação virá antes. Há aqueles que se referem à primeira reunião do BC do ano até outros para a reunião de agosto. O fato é que eles se antecipam à expectativa do BC.
A recuperação econômica poderá vir mais rápida, visto que cada vez mais se acredita que a vacinação em massa trará o fim do isolamento social. No Brasil, por exemplo, o Ministro da Saúde, general Pazuello, declarou ontem que a vacinação no País poderá começar na última semana de dezembro, com uso da vacina da Pfizer, uma das mais acreditadas pelo mercado.
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