ESPECULAÇÃO ESTRANGEIRA NA BOLSA



Nos últimos dias ingressaram mais de R$31 bilhões de capital externo e parece que continuarão numa onda especulativa. Bolsa de valores não tem parado de crescer. Há cerca de dois meses as aplicações em títulos de renda fixa deram elevados prejuízos. A bolsa de valores brasileira estava perto de 95 mil pontos. A XP Investimentos, que investe basicamente em títulos de renda variável, previu que em pouco tempo a bolsa chegaria aos 105 mil pontos. Não só chegou como ultrapassou. Com ingresso de capital estrangeiro referido chegou ontem a mais de 112 mil pontos. A máxima deste ano foi de 119 mil pontos, antes da pandemia atual.

A sucursal da agência secular Reuters divulgou o seguinte: “O Bank of America (BOfA) está ‘overweight’ nas ações brasileiras em 2021, vê chances do dólar cair abaixo de R$5,00 e recomenda posições vendidas nos DIs janeiro e janeiro 2023, apostando em um cenário de ‘organização’ fiscal, que contemple manutenção do teto de gastos e progressos em reforma micro”. Quer dizer posições vendidas para os investidores internacionais comprarem, no longo prazo e, mudou de nome, de ‘ajuste’ (desgastado desde 2014 e que não feito, pelo contrário, só tem piorado) para ‘organização’ fiscal. Reforma micro se refere as desburocratizações.

Continua a Reuters: “O fluxo estrangeiro virou, mas óbvio que uma intensidade maior nesse movimento vai depender do nosso fiscal”. “Disse David Becker, chefe de economia e estratégia do Bank of America, prevendo que o Brasil receberá 60 bilhões de dólares em investimento direto no País (IDP) em 2021, acima dos 45 bilhões de dólares previstos para este ano. O BOfA vê o Ibovespa em 130 mil pontos no próximo ano, um acréscimo ao redor de 16% em relação ao patamar atual, puxado por perspectiva de recuperação de lucros em 2021 e 2022 para setores cíclicos, que tem mais peso no índice – Materiais Básicos, Energia e Finanças”.

Os capitais estrangeiros estão especulando nas bolsas brasileiras, tendo em vista que haverá melhora da economia e de que os capitais na renda fixa migrem cada vez mais para as bolsas de valores. São dois lados da moeda: um deles é o lucro rápido e imediato (especulativo); outro é o de amargar prejuízos como já aconteceu várias vezes. Ninguém pode prevê com racionalidade nas bolsas.

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