BAIXA MOBILIDADE SOCIAL

14-12-2020


Sem dúvida, a baixa mobilidade na economia brasileira é fator de retardar o maior nível de crescimento econômico. Estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que, os descendentes da camada da população correspondentes aos 10% mais pobres, levam, em média, nove gerações para alcançarem a renda mediana da sociedade. Esta conclusão evidencia como é muito difícil a ascensão social dos mais pobres.

No referido estudo o Brasil só perde para a Colômbia. Na Argentina se leva seis gerações para atingir a mediana da sua distribuição na curva normal. No Canadá, quatro gerações. Na Dinamarca duas gerações.

A principal causa de mobilidade é a educação. A tese de doutorado de Carlos Geraldo Langoni, publicada em livro, nos anos de 1970, já evidenciava a educação como fator de melhoria no nível da distribuição de renda. A educação insuficiente não leva aos melhores níveis tecnológicos, de pesquisa e crescimento. Ou seja, é mínima a elevação de produtividade da mão de obra, quando não se torna nula.

O presidente do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social, economista Paulo Tafner, em entrevista ao MSN, Dinheiro, assim se refere: “Um dos resultados que temos é uma pesquisa feita pelo IBGE, em 1996 e 2014, que perguntou aos indivíduos a formação de seus pais. Entre os filhos de país analfabetos ou sem o fundamental completo, dois de cada três filhos serão também analfabetos ou não concluirão o ensino fundamental. Por outro lado quando olho os filhos cujos pais têm nível superior, ocorre o inverso, 70% têm nível superior. A nova geração está amarrada à história da sua família, para o bem ou para o mal. E os mecanismos que poderiam romper com isso não estão funcionando”.

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