28/10/2019 - MAIOR ACIDENTE AMBIENTAL
O maior acidente ambiental do Brasil foi percebido pela
primeira vez em 30 de agosto, nas cidades de Conde e Pitimbu, na Paraíba, por
órgãos ambientais. A Marinha monitora as manchas de óleo desde 2 setembro nas
praias do Nordeste. Cerca de 2,5 mil quilômetros da costa brasileira foram
atingidos por um óleo misterioso. Em seguida o IBAMA informou ter encontrado
petróleo cru, hidrocarboneto mais conhecido com o nome de piche, descobertos
também nas cidades de Olinda e Ipojuca, em Pernambuco. Nas águas profundas as
suas placas ficam submersas. Em locais mais rasos elas aparecem na superfície e
se repartem em partes de vários tipos de tamanho com a arrebentação das ondas. São
238 localidades afetadas, em 88 cidades nordestinas, dentre as quais o IBAMA já
identificou vários rios contaminados.
O óleo vem sendo recolhido por voluntários. Mesmo após a sua
coleta o óleo encontrado traz risco à saúde, como intoxicação e dores de
cabeça. Ainda não há consenso entre oceanógrafos, químicos, engenheiros e
médicos sobre o petróleo, que, inclusive, apresenta gases que podem ser dispersos
no ar. Ou seja, estão além do que se pode ver. As divergências entre os
especialistas deixam claro que muitas praias estão impróprias. A presença de
novas bactérias, com o petróleo, torna mais fácil uma contaminação, assim como
a inalação do cheiro do combustível, indo aos pulmões, podendo dissolver-se na
corrente sanguínea.
As hipóteses levantadas para o acidente são quatro. (1) A
Universidade Federal do Ceará acredita que o óleo pode ter origem em naufrágio
de navio, em 1944, a 1.000 quilômetros da costa de Pernambuco. (2) A Marinha
procura identificar navios-tanque, que trafegaram próximo às regiões atingidas,
para esclarecimentos sobre supostos vazamentos de óleo. (3) A Polícia Federal e
a Marinha também investigam 23 embarcações suspeitas, que atuam no contrabando de
petróleo. Dessa maneira, frota de petroleiros passou a operar no Atlântico Sul
com rastreador desligado. (4) O governo federal afirma que o óleo vem da
Venezuela, que a Marinha investiga 30 barcos de 10 países que foram notificados.
Até agora 1.027 toneladas foram recolhidas nos nove Estados
do Nordeste. Outro Estado que faz parte da Região, Minas Gerais, não possui
costas e ficou de fora das estatísticas.
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