23/10/2019 - REFORMA DA PREVIDÊNCIA APROVADA




Não que seja um remédio para todos os males, mas a reforma da Previdência é a primeira daquelas esperadas pelo mercado, haja vista que a bolsa de valores bateu seu recorde de ultrapassar os 107.381 mil pontos. A dinâmica bursátil indica que deverá acontecer queda na bolsa de valores, não se sabe se haverá ou de quanto? Decorridos 293 dias do ano. A vigorar a partir do ano que vem. Um parto difícil a acontecer, devido a envolver muitos interesses.

Desde a retomada da democracia, em 1984, somente agora aconteceu referida reforma. Na panela de cidadãos, crê-se que 72 milhões sejam os atingidos. Ou seja, 35% da população. Ou, se a População Economicamente Ativa se aproxima de 100 milhões, foram 72% dela, envolvendo servidores públicos e empregados privados.  Só a ditadura militar conseguiu pegar maior contingente populacional.

O protagonismo não foi de Jair Bolsonaro, agora, em viagem no Japão. Foi do Ministro da Economia, Paulo Guedes, antigo keynesiano e, depois, de doutorar-se em economia pela Universidade de Chicago, tornou-se um liberal convicto. Um homem do mercado. Somou-se a ele, Rogério Marinho, Secretário da Previdência, ex-parlamentar, cidadão convincente. Na mesma linha. A atuação se deu no Congresso. Cada vez mais parecido com um sistema parlamentarista.

Muitas pedras vão rolar. No momento, uma conta deve ser realizada. A reforma da Previdência, desidratada, que era de economia de R$1,2 trilhão, passou a ser calculada em R$800 bilhões, em dez anos. Linearmente, R$80 bilhões anuais. O déficit primário, para pagar juros da dívida, previsto para este ano, aprovado pelo Congresso no orçamento anual, seria de R$139 bilhões. O governo já calculou que pode ter um déficit de R$89 bilhões em 2019, no caso dos leilões do pré-sal ocorrer com sucesso. No horizonte, não poderá ter déficit primário.

Não está fácil, restam às outras reformas estruturais serem realizadas.




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