10/10/2019 - DIAGNÓSTICO DO DÉFICIT PRIMÁRIO
O Ministério da Economia e o Banco Mundial fizeram um
diagnóstico do serviço público brasileiro, no período de 2003 a 2017, os
salários dos servidores públicos estaduais subiram 79% acima da inflação. Para
se adequarem à lei de responsabilidade fiscal, os Estados deverão fazer um
corte médio de 2%, para adequar-se à referida lei, de 2020 a 2022. Ao proceder
dessa forma, os Estados acabam comprometendo a capacidade dos próprios
governadores de manter em dia os pagamentos de salários. O documento se refere
a que nos últimos anos, 20 das 27 unidades federativas atrasaram pagamentos salariais
em algum mês ou até por mais de um mês.
Nos comparativos entre os servidores públicos federais com os
empregados do setor privado, aqueles recebiam em média 96% mais do que os
funcionários da iniciativa privada, em cargos semelhantes e na mesma área de
atuação. O relatório foi realizado com dados de 2017. Por seu turno, a
diferença no Brasil entre os salários do setor público e o setor privado é a
maior dentre os 53 países comparados pelo Banco Mundial. Ademais, fica acima da
média internacional, de 21%.
O diagnóstico também mostrou que os reajustes salariais acima
da inflação concedidos aos servidores públicos foram as principais causas da
elevação da folha de pagamentos dos funcionários ativos da União e dos Estados.
Os custos com servidores ativos compõem o segundo maior grupo de despesas do
governo federal, atrás somente do grupo da Previdência. Os dois grupos são
aqueles que mais contribuíram para os sucessivos déficits primários desde 2014.
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