15/10/2019 - PROJEÇÕES DE MELHORIA DO PIB
A continuada queda da taxa básica de juros, a SELIC, base de
remuneração das aplicações financeiras, em fundos de renda fixa, espelhados em CDI,
CDB, LCI e LCA, têm reduzido bastante a taxa real de juros (taxa nominal
descontada a inflação), que já fora muito alta e está menor do que 2% ao ano possuem
uma projeção muito ortodoxa do conglomerado empresarial Itaú/Unibanco, que
acredita que a taxa de juros real será zerada em 2020, no ritmo em que vem
caindo a SELIC. No início do ano ela estava em 6,5%, já a mais baixa da
história, tendo sido reduzida em duas reuniões do Banco Central (BC), para 6,0%
e agora está em 5,5%. Haverá mais duas reuniões do BC neste ano e o complexo
Itaú/Unibanco acredita que poderá fechar o ano em 4,5%. Para 2020 o referido
conglomerado crê registrar 4%. Diferente é a pesquisa semanal do boletim Focus
do BC é de que a SELIC fechará o ano em 4,75% e assim permanecerá em 2020.
A ortodoxia econômica prega que a taxa básica de juros caindo
fará subir o PIB, o que pouco tem acontecido no Brasil. Porém, a radicalização para
SELIC apresentar juros reais zerados é uma cartada de incentivar bastante a
produção, já que não se ganharia mais com juros reais e a produção teria
lucros. No caso das grandes empresas, aquelas que são negociadas nas bolsas de
valores, fortes lucros.
Deixando de apresentar boas taxas de juros reais, a economia
brasileira disputará talvez em piores condições os dinheiros mundiais que buscam
aplicações financeiras. A saída de aplicadores financeiros do País
proporcionará elevação do dólar comercial, que analistas econômicos crêem que
ficará em R$4,00 neste ano e R$4,25 em 2020.
A equipe de estudos econômicos do Banco Itaú/Unibanco acredita
que a redução da taxa SELIC permitirá uma projeção mais elevada do PIB, em
2019, passando sua estimativa de 0,8% para 1,0%. Já para 2020, passaria de 1,7%
para 2,2%.
Ontem saiu a projeção do PIB, calculada desde 2003, pelo
Banco Central, o IBC-Br, uma prévia do PIB do indicador oficial do IBGE, que
demora muito para ser divulgado, de que a economia em julho caiu 0,07% e em
agosto subiu 0,07%. No ano subiu mais do que caiu. O acumulado do ano está em
oito meses em 0,66% do PIB.
Os sinais de que a economia melhorará em 2020 são de que a
reforma da Previdência estará aprovada neste 2019; a reforma tributária
encaminhada neste ano; a demanda agregada não tem pressionado a inflação, que
está muito baixa, mediante projeções de 3,5% anuais por longo período; os
leilões de parcerias público/privada estão sendo realizados e há mais projeções
deles; são anunciadas privatizações. Se os referidos sinais melhorarem talvez a
retomada de melhor nível de crescimento econômico poderá ser mais rápido,
reduzindo o desemprego em forma mais alta.
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