02/10/2019 - LEVANTA SACODE POEIRA
A música cantada por Noite Ilustrada tem como refrão “Levanta,
sacode a poeira, dá volta por cima” tem a ver com o grupo empresarial
Odebrecht, o maior do Brasil até 2014, em recuperação judicial de cerca de R$98
bilhões, que foi desidratado pela operação Lava Jato, já que coordenava o
cartel das empreiteiras, atuando há mais de cinquenta anos no Brasil. Em março
de 2014 começou a operação Lava Jato e que ainda não acabou, desmontando aquele
cartel. A grande maioria das obras públicas foi desativada. Somado a isso, a
gastança do governo com taxas acima dos incrementos do PIB levaram a déficit
primário depois de 16 anos de superávit da espécie. Seguiu-se forte recessão, também
a segunda maior em cinquenta anos (2014 a 2016), saindo-se do poço, mas
praticamente permanecendo na estagnação em três anos (2017 a 2019). Neste último
trimestre de 2019, os sinais são de que a atividade econômica está sendo mais
reativada. Porém, de forma lenta, ao ponto de que a projeção do incremento do
PIB deste ano está aproximadamente em 1% e o do próximo ano em 2%.
Com os desmontes de cerca de 29 grupos de empreiteiras, que
faziam integração vertical e horizontal com outras empresas, somente nestes meses
alguns deles estão se recuperando. O maior deles, a organização Odebrecht, ainda
em recuperação judicial, que proporcionou prejuízos enormes pelo mundo, sendo
caso até de crise política no Peru, onde o Congresso foi dissolvido pelo seu
presidente da República, mostrando que está “sacudindo a poeira”, mas não está
dando a “volta por cima”. Irá também devagar. Ontem, foi divulgado que venceu a
terceira licitação pública, desde a Lava Jato, para a duplicação da rodovia
PR-092, que liga Curitiba à Almirante Tamandaré no Paraná. A obra tem custo estimado
de R$90 milhões. Impressionante o valor, quando a organização Odebrecht vencia
licitações de bilhões de reais. Por oportuno, também foi divulgado que a
organização Odebrecht, que tomou mais de R$51,3 bilhões ao BNDES, fazendo esse
banco lançar R$14,6 bilhões como prejuízos, em obras financiadas em países ditos
bolivarianos, aliados dos governos do PT, que não pagaram as dívidas de obras
lá realizadas na Venezuela, Cuba e Moçambique. Parte dessa dívida lançada em
prejuízos será paga pelo Tesouro Nacional. Ao informar tais dados ontem na imprensa,
o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que começou a abrir a “caixa
preta” dos empréstimos concedidos pelo BNDES, aos campeões nacionais dos
governos anteriores do PT, de 2003 a 2014.
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