05/10/2019 - PESQUISA DE ORÇAMENTO FAMILIAR
O IBGE divulgou ontem a Pesquisa do Orçamento Familiar (POF),
na qual a principal conclusão é de que, em nove anos, a população brasileira ficou
mais pobre. Ou seja, atualmente, 73% dos brasileiros ganham menos do que seis
salários mínimos. Há nove anos eram 68%. A enquete anterior foi nos anos 2008 e
2009. A POF traça um perfil dos hábitos de consumo e das condições de vida do
brasileiro. Ela auxilia no cálculo da inflação, do PIB e desigualdades nos
níveis de rendas. Por seu turno, as aposentadorias e pensões são fatores que
aumentam as diferenças entre os extremos das rendas familiares. A pesquisa
mostra também que 2,7% das famílias concentram 20% da renda. No outro extremo,
23,8% vivem com até dois salários mínimos por mês.
A POF foi realizada em 1.900 municípios nacionais, contando
com 1.000 pesquisadores, que visitaram 75 mil famílias.
Famílias com renda superior a 2,5 salários mínimos percebiam em
média de R$4.276,02, com aposentadorias e pensões, enquanto aquelas com renda
inferiores a 2,5 salários mínimos recebiam em média de R$207,12. Não é de
assustar, visto que aí estão rendas do Programa Bolsa Família, que puxam para
baixo essa média.
Na penúltima pesquisa, no Nordeste, 22,5% das rendas das
famílias provinham de aposentadorias e de programas sociais. Na enquete atual
passaram para 24,6%.
A família brasileira, segundo a POF, tem gastado mais
dinheiro para pagar dívidas e reduziu a parcela do que pode investir. Entre as
despesas correntes cresceram os gastos com educação, saúde, higiene e cuidados
pessoais.
A POF concluiu que a despesa média da família brasileira
alcançou R$4.649,93, para moradia, transportes, consumo. Ou seja, para despesas
correntes, no percentual de 92,7%. Praticamente estável em relação à pesquisa
anterior.
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