16/10/2019 - PARTIÇÃO DOS RECURSOS DO PRÉ-SAL
O Senado aprovou ontem a partição dos recursos que serão arrecadados
com o mega leilão para exploração do petróleo na camada marinha do pré-sal, nos
primeiros dias do próximo novembro. Hoje já pode ir à sanção presidencial. Já
existem 16 empresas inscritas para participar e o otimismo tomou conta daqueles
interessados na divisão dos recursos a serem obtidos, estimados em mais de
R$106,6 bilhões. O fato era esperado como o último lance para os senadores
aprovarem a decantada reforma previdenciária e, finalmente, seguirem também
para sanção do presidente. Cálculos dos parlamentares indicam que poderá haver
economia de R$800 bilhões em dez anos. A propósito, o Tribunal de Contas da
União (TCU) divulgou também ontem estudo que se refere à aludida poupança, para
reduzir o déficit previdenciário. Entretanto, para o TCU, continuará havendo
déficit, haja vista que serão cobertos cerca de 20% do déficit da Previdência
Social. Uma ducha fria, porque poderá continuar o déficit primário da União,
por tempo indeterminado, fator que retarda maior ingresso de recursos para o crescimento
econômico.
Dos referidos R$106,5 bilhões, a União ficará com 67%,
correspondentes a R$48,9 bilhões; Estados com 15%, relativos aos R$ 11 bilhões;
municípios também com 15%, referentes aos R$11 bilhões; Rio de Janeiro com 3% visto
ser o Estado onde se concentram as áreas minerais, relativos aos R$2,1 bilhões.
A citada distribuição representará um alívio nas contas dos três níveis de governo.
Ontem, ainda, o TCU divulgou estudo no qual existem atrasados
cerca e R$20 bilhões de investimentos pactuados para 36 rodovias brasileiras,
sob responsabilidade de 12 concessionárias. Mais temas que atrasam o
crescimento.
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