24/10/2019 - ABERTURA COMERCIAL




O Brasil responde por cerca de 1% das transações internacionais. É um país muito fechado ao comércio mundial. Sabe-se que, saem abrir sua economia, não conseguirá sair da armadilha da renda média, em que se encontra há mais de dez anos. Ou seja, os países que a ela estão presos têm renda per capita variando de US$ 6 mil a US$16 mil. O produto per capita brasileiro está em cerca de US$11 mil e não avança. Exemplos de abertura comercial ocorreram com a Coréia do Sul, Austrália e China, países que já tem status de desenvolvido. Nos idos de 1950 a renda per capita da Coréia era inferior à metade da do brasileiro. Nos anos de 1980, a China despertou e saiu do atraso e hoje é a segunda economia mundial, ultrapassando à larga o Brasil. Nos anos de 1990 a Austrália tinha renda per capita praticamente igual à brasileira. Nesta década já ultrapassou a fronteira da renda média.

As razões do fechamento de fronteiras comerciais se devem a mais de cinco séculos de história. País monocultor começou com grandes plantações e a exportar commodities. A sua indústria foi proibida em 1703, permanecendo basicamente primário exportador até os anos de 1920. A partir de 1930 a indústria é protegida, em processo de substituição das importações. Nos anos de 1990 a agricultura voltou a retomar o protagonismo produtivo. Mas, a indústria não e muitos dos seus segmentos ficaram protegidos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendou uma pesquisa na Universidade de Victoria, na Austrália, para medir os impactos de corte ventilado pelo governo, de 50% nos impostos de importação. A CNI informou que, dos 23 segmentos industriais pesquisados, dez seria prejudicados, dificultando a retomada do crescimento e a redução da taxa de desemprego. O governo propôs no Mercosul reduzir unilateralmente a tarifa externa comum.

Na verdade, parecem que referidos segmentos apresentam baixa produtividade e não tem condições de competição, sendo protegidos desde os anos de 1930.

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