09/10/2019 - PRODUÇÃO IRRELEVANTE




O capitalismo é assim. A produção se dá onde maior é a taxa de lucro. O presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, indagado porque a petrolífera está fechando escritórios e vendendo empresa subsidiarias e refinaria na Bahia, o que provocará desemprego de 1.500 funcionários concursados e 2.500 terceirizados, ele disse que a “produção ficou irrelevante na Bahia”. Continuou “a natureza trabalhou contra”. Para ele, a Bahia já foi um Estado muito importante para a empresa, mas hoje somente representa 1,5% da produção da estatal. “Infelizmente a nossa produção na Bahia ficou irrelevante, assim como outros Estados do Nordeste, como Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe”, declarou na Comissão de Minas e Energia da Câmara de Deputados. A temática da sessão de ontem foi o Fechamento da Petrobras na Bahia e o Desmonte da Petrobras no Nordeste. “Não estamos fechando nossas operações no Nordeste. Estamos vendendo para empresas privadas que estão investindo na Região e vão gerar empregos. A Petrobras não tem dinheiro para investir em tudo”.

A falácia está em dizer que empresas privadas virão. Não está assegurado isto. Se a Petrobras está saindo porque tem prejuízo, porque empresas privadas virão? Por exemplo, a empresa subsidiária Fafen, que produz nitrogenados no Nordeste, teve prejuízo de R$300 milhões no ano passado. Quem comprará? A lógica será fechá-la e importar nitrogenados ou produzir em outras áreas competitivas.

Recorde-se aqui o fato de que o regime militar, de 1964 a 1984, montou a indústria petroquímica do Nordeste, mediante fortes subsídios. O que ocorrerá, se o governo atual, liberal, pretende cortar subsídios?

A problemática passa pela educação, criação de start ups, de tecnologia, de empresas, de elevação da produtividade e de um governo proativo.

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