03/10/2019 - COMO CONFIAR NA BOLSA




Somente se deve confiar na bolsa de valores no longo prazo. Isto é, o capitalista que tem confiança de que sua empresa será lucrativa e aqueles que estiverem convencidos disso. De resto, quem entra na bolsa de valores em prazo certo pode ter prejuízos inimagináveis. Pode ter lucros se for um apostador. O que aconteceu ontem é um grande exemplo. O mercado doméstico de ações azedou em razão do aumento dos receios de desaceleração mais forte da economia mundial e das preocupações em torno da reforma da Previdência no Senado, que, foi aprovada ontem em primeiro turno, mas foi desidratada mais uma vez, em cerca de R$100 bilhões em dez anos. Agora, a economia ficará em R$800 bilhões no longo período em referência. As perdas ontem foram generalizadas entre os segmentos das principais ações do IBOVESPA, Petrobras e Vale e dos bancos, fazendo o indicador recuar 2,90%, aos 101 mil pontos. A desvalorização acumulada em somente dois dias deste mês corresponde a 3,55%, anulando praticamente a valorização de setembro todo de 3,57%. O recuo só não foi pior porque houve a aprovação do primeiro turno da reforma previdenciária, mediante rejeição de cinco propostas de alterações, os chamados destaques dos senadores, que poderiam reduzir ainda mais a economia para R$283 bilhões. No contexto internacional o dia de ontem também foi de perdas grandes nas bolsas mundiais, tendo em visto novas preocupações com a possibilidade de que os Estados Unidos ingressem em recessão. Na Europa houve redução da estimativa do crescimento da economia alemã, a principal da zona européia, além da confusão com a saída do Reino Unido da Comunidade Europeia.

Neste ano a taxa básica de juros já caiu de 6,5% para 5,5% ao ano e o boletim Focus está projetando fechar 2019 em 4,75%. Tais movimentos levam a que os investidores em renda fixa passem a aplicar recursos na renda variável e o principal meio é a bolsa de valores. A bolsa brasileira é mais sensível do que as bolsas de valores dos países desenvolvidos, haja vista que o número de ações negociadas não passa de 400, enquanto naqueles outros países são de muitos milhares de grandes empresas negociadas. Aqui há muito mais especulação. A máxima continua prevalecendo de que a bolsa de valores é somente para profissionais.

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