13/10/2019 - PARCERIAS DO SANEAMENTO




O Plano Nacional de Saneamento dá conta de que são precisos R$20 bilhões para universalizar o saneamento brasileiro. Todo mundo precisa de água e esgoto. Aos preços praticados as companhias estaduais da espécie poderiam render com concessões cerca de R$140 bilhões, até 2034, conforme cálculos da equipe da Secretaria do Desenvolvimento da Infraestrutura. Referido órgão tem sido procurado por empresários e estes têm se apresentado como interessados nas parcerias da área. Ademais, os fundos de investimentos nacionais e internacionais têm também demonstrado interesses.

Por que a privatização do saneamento pode dar bons resultados? Aos preços de água e esgotos praticados ao público há companhias que propiciam até 20% de taxa interna de retorno. Considerando que a SELIC está em 5,5% e que há projeções para ela alcançar 4,5% até o final deste ano, a rentabilidade dos negócios é muito atrativa.

Não são somente 27 unidades federativas que terão que aprovar as privatizações. Elas também deverão passar pelo crivo de 5.570 municípios. Citada fragmentação poderá demorar muito o processo. Contudo, as avaliações de 22 Estados já têm sido feitas.

“O desafio é finalizar o cardápio de opções de contratos para que os entes públicos e privados possam fazer negócios seguros. Isso significa criar critérios para contrato de concessão, PPP (parcerias público-privadas), para que estas possam fazer subconcessões a privados e para a transição de contratos de programa (aqueles entre prefeituras e Estados). Desfeito este nó, o projeto tem chances de concluir a tramitação neste ano. Se isso ocorrer, o tão esperado novo ciclo de investimentos no setor pode começar em 2020”, conforme artigo da Folha de São Paulo, de hoje, intitulado “Novo ciclo de investimentos poderá começar ano que vem”.

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