19/04/2019 - ECONOMIA BRASILEIRA PERDE ESPAÇO




A participação brasileira na economia global caiu pela sétima vez, segundo o FMI. Em 1980, a fatia do bolo do PIB brasileiros era de 4,4%. Atingiu seu nível mais baixo em 2018, caindo para 2,5% do PIB mundial, em quatro décadas. O Brasil estava em sétima economia global desde 2003. Porém, no ano passado perdeu lugar para a Indonésia, passando a 8ª economia do planeta. Antes tinha sido ultrapassado pela Itália. Conforme o FMI o País continuará perdendo posição até 2024. A atual situação é a de pior nível em 38 anos.

Um exame do professor Alexandre Cunha, da UFRJ, publicado hoje pela Folha de São Paulo é taxativo: “Eu não me preocuparia com a perda da participação do Brasil na economia global, se estivéssemos crescendo. O problema é que não estamos crescendo e este recuo relativo a outros países também se manifesta em outros indicadores. Ele ressalta que a renda per capita brasileira como percentual da norte-americana, medida mais usada para se analisar se um país está se desenvolvendo, nunca retornou ao nível de quatro décadas atrás. Em 1980, o rendimento médio do brasileiro em paridade do poder de compra equivalia a 39% do americano. Em 2018, esse percentual era 25,8%. Nações como Chile, Taiwan e Coréia seguiram m sentido inverso no período. Aliás, os dois últimos passaram a serem considerados desenvolvidos... Não existe na história registro de algum país que tenha crescido por 20, 30 anos, estando quebrado”.

O quebrado aí se define por dois motivos: déficit primário por muitos anos, sem perspectiva de solução e dívida pública crescente, ultrapassando a margem de solvência. Daí, que o País não tem o selo de qualidade, pelas agências internacionais de risco, como teve de 2008 a 2014.

A dragagem do País continua com Jair Bolsonaro. Contudo, ele não em conseguido ingressar na trajetória de crescimento sustentável. Não conta ainda com ventos a favor como obteve Lula e o País permanece em compasso e espera.

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