10/04/2019 - CHEGARAM CEM DIAS
Quando começou a governar, há cem dias, Jair Bolsonaro estava
com 65% de entrevistados pelo Datafolha, daqueles que acreditavam que a
economia logo melhoraria. Agora, ele está com 50%. Para o vice-presidente,
general Hamilton Mourão, houve essa queda devido à elevada expectativa, depois
de anos muitos ruins de 2014 a 2018, cinco anos, que ainda deixam o PIB muito
aquém do início do período recessivo, que começou no segundo trimestre de 2014
e terminou no último trimestre de 2016. A economia recuou nesses 11 trimestres
cerca de - 8,2%. Os dois anos e meio da gestão de Michel Temer tirou o País da
recessão e o colocou em estágio um pouco acima da estagnação, quando o Brasil
cresceu mais de 2%, nos 2,5 anos do período dele. Resultado, hoje o País ainda
está – 5,1% do seu PIB do início de 2014. Não se conhece ainda o PIB do
primeiro trimestre de Bolsonaro. As estimativas do primeiro dia de 2019 eram de
crescimento de 3%. Três meses depois baixou para 2%. No entanto, tem sido
difícil encaminhar as reformas estruturais. Somente a reforma da Previdência
está no Congresso. As demais estão no gatilho das oportunidades que serão
geradas. Das 35 metas encaminhadas pelo governo, crê-se que 80% foram cumpridas,
conforme avaliação publicada dia 8 passado, pela Folha de São Paulo. Não foram
metas reformistas. Foram metas pontuais. Entretanto, inúmeros motivos existem
para acreditar que a economia irá melhorar. Acredita-se cada vez mais que a
reforma a Previdência será aprovada. A situação ainda está muito ruim. Porém,
ânsia-se por voltar à economia a crescer mais.
Ontem mesmo, o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI),
em seu relatório trimestral, divulgou uma redução do crescimento do PIB
brasileiro para este ano, agora calculado em 2,1%, mas uma elevação do
crescimento econômico para 2020, de 2,5%. Como revê suas previsões por
trimestre, no caso das reformas estruturais sejam encaminhadas no Brasil, e
aprovadas, suas projeções crescerão ainda mais. Para o mundo, espera o FMI
crescimento de 3,3% em 2019 e de 3,6% em 2020, o que é bom para a maior
abertura comercial global e da economia brasileira. O crescimento mundial
continuará a ser puxado pela Índia, projeções de 7,3% e 7,5%, no biênio
referido e pela China, de 6,3 e 6,1% no mesmo período.
O que o governo federal precisa é mostrar que fará o ajuste
fiscal, seja com redução de despesas ou com privatizações, tendo condições de
voltar a investir. Então somente os investimentos privados de grande monta
desengavetarão seus projetos e o País voltará ao crescimento virtuoso.
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