13/04/2019 - PRESIDENTE BARRA AUMENTO DO DIESEL
Na quinta feira (11), uma interferência do presidente Jair
Bolsonaro, não permitiu que valesse o reajuste anunciado no mesmo dia, de
elevação de 5,7% no preço do óleo diesel. A reação na bolsa de valore foi avassaladora.
As ações ordinárias, que são as que têm direito a voto, caíram 8,3%. No
conjunto acionário a perda do valor de mercado da petrolífera foi de R$32
bilhões. A atitude do presidente ocorreu porque ele atendeu as reclamações dos
representantes dos caminhoneiros. A equipe econômica e o presidente tinham
declarado que não haveria interferência em preços das estatais, o que havia
ocorrido diversas vezes nos governos petistas.
Bolsonaro afirmou que não é intervencionista e de que não irá
intervir na Petrobras. Fez desta vez porque quer os números. Na verdade, ele
considerou excessivo o reajuste, marcando uma reunião com a empresa para
discutir o assunto no próximo dia 16. Está na mente dos brasileiros a greve dos
motoristas de caminhões no final de maio do ano passado, que durou 11 dias. O
prejuízo estimado fora de R$60 bilhões. Porém, foi muito maior. Incalculável.
Estava em curso a construção da retomada. País tinha deixado a recessão, com
inflação sobre controle, menor taxa de juros da história e balança comercial
recorde. Porém, o enorme prejuízo foi o fato de que a greve prolongada reduziu
a dinâmica do PIB. Consumidores e empresários se retraíram em suas confianças.
O presidente Michel Temer já vinha se abatido com as denúncias de corrupção
contra si e também registrava os índices mais baixos de popularidade.
Desde a criação da Petrobras, em 1953, quando ajudou a
sustentar o discurso nacionalista de Getúlio Vargas, a estatal foi alvo
frequente de ingerência o poder político, como aparelhamento partidário do
governo de Lula, que levou à operação Lava Jato, bem como o uso político por
Dilma, para segurar a inflação e a interferência de Temer, para acabar com a
greve dos caminhoneiros.
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