28/02/2019 - DESEMPREGO VOLTA A SUBIR EM ETAPA SAZONAL




O IBGE divulgou os dados da PNAD Contínua para o trimestre novembro/dezembro/janeiro. O desemprego voltou a subir por efeito sazonal. No fim de ano ele costuma aumentar e em janeiro costuma cair. Porém, o número de desempregados em janeiro fora maior do que em agosto, depois de uma série seguida de oito recuos e um mês de estabilidade. A taxa de desemprego atingiu 12%, envolvendo 12,7 milhões de trabalhadores formais. No trimestre encerrado em dezembro a referida taxa fora de 11,6%, compreendendo 12,2 milhões de empregados com carteira assinada. A lenta recuperação do nível de emprego decorre do elevado número de desalentados e de subutilizados, em uma economia cuja expectativa é de melhora progressiva, mas sem fôlego expressivo, conforme se referiu o IBGE.

A taxa média de desemprego de 2018 fora de 12,3%, perante uma taxa média de 12,7% em 2017. Porém, citado recuo se deveu ao aumento do número de trabalhadores informais e por conta própria, os quais voltaram a bater recorde em janeiro deste ano. A elevação do desemprego neste início do ano se deve pelo movimento sazonal de dispensa de trabalhadores temporários em janeiro, após a contratação de final de exercício.  O número líquido de pessoas na fila de desemprego foi de 318 mil.

A indústria foi o setor que mais dispensou trabalhadores, na comparação entre os dois últimos trimestres subsequentes. Embora tenha havido elevação do desemprego, essa taxa é a segunda queda consecutiva em seu nível para janeiro. No entanto, o desemprego é maior em sete anos para 13 capitais do País, segundo o IBGE.

No conjunto, o número atual de ocupados é de 92,5 milhões em janeiro. A taxa de subutilização da mão de obra ficou em 24,3%, sendo 27,5 milhões de brasileiros (elevou-se). O número de desalentados alcançou 4,7 milhões. O contingente de pessoas subocupadas pelo número de horas de trabalho foi de 6,8 milhões (caiu um pouco). O número de trabalhadores por conta própria e de empregadores tiveram recorde histórico no trimestre, alcançando 23,9 milhões e de 4,5 milhões de pessoas, respectivamente.

Os economistas consultados pelo IBGE acreditam que a taxa de desemprego de 2019 ainda ficará acima de 10%, concluindo como lenta recuperação do mercado de trabalho.

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