24/02/2019 - REAÇÃO DA ECONOMIA AQUÉM DO ESPERADO
O Brasil vinha saindo da forte recessão de 2014 a 2016,
quando, em 2017, o presidente Michel Temer foi denunciado por corrupção pelo
grupo JBS. Temer perdeu forças e suas reformas pararam, seja a tributária, ou
seja, a previdenciária. O País cresceu 1% em 2017. Em 2018, o dado ainda não é
conhecido, mas se estima também por volta de 1%. Em maio do ano passado houve a
greve de caminhoneiros durante 12 dias. Isto desorganizou a reação que era esperada.
Em menos de um ano a economia tem reagido muito pouco. Os agentes econômicos permaneceram
e permanecem apáticos.
Para o presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento
(BID), o colombiano Luiz Alberto Moreno, à frente do BID desde 2005, o Brasil
poderá ter um ano positivo pela frente, desde que aprove a reforma da
Previdência o quanto antes. “Eu nunca tinha visto uma presença tão forte do
Brasil como a deste ano (em Davos). Nas reuniões em que estive, pude notar que
o presidente Bolsonaro deixou muito claro o que pretende mudar no País. A
mensagem que ele e sua equipe deixaram é que esse ano será positivo, com um bom
crescimento econômico depois de um período ruim. Mas, para chegar a isso,
acredito que o governo terá de aprovar a reforma da Previdência... Se o governo
conseguir aprová-la, o mundo vai saber que o Brasil é capaz de realizar
mudanças importantes para reduzir a máquina pública e dar mais espaço ao setor
privado... A reação em Davos foi, sem dúvida, positiva. No almoço com os
membros do International Business Council, grupo que reúne as 100 maiores
empresas do mundo, Bolsonaro colocou os temas na mesa e orientou os ministros sobre
quais cada um abordaria. Os empresários presentes gostaram disso”.
Em síntese, os mercados aguardam as reformas para fazer
investimentos.
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