16/02/2019 - GOVERNO COMEÇOU A GOVERNAR
Nesta semana, depois de quase 50 dias, o governo começou a
governar, ao mandar a reforma da Previdência ao Congresso. Esta estava sendo
ventilada desde a campanha das eleições de 2018. Demorou-se muito tempo para bater
o martelo, principalmente na fixação da idade mínima e no tempo de transição
dos direitos garantidos para as novas regras. Quer começar, irá cumpri-las.
Esta será objeto de muita discussão, mas o mercado de capitais estima que será
aprovada, por cinco motivos: o primeiro, a maioria dos economistas tem dito,
após exames exaustivos em literatura disponível, que ela será decisiva para
reduzir o mega déficit primário, quiçá, eliminá-lo, em conjunto com as outras
reformas da economia, déficit este que vem desde 2014; o segundo, irá acalmar
os agentes produtivos; o terceiro, sendo início de governo, terá confiança dos
congressistas; o quarto, o Congresso vem bastante renovado; o quinto, a
comunidade financeira internacional tem se declarado a favor já há muito tempo.
A bolsa de valores subiu bastante, em muito mais dias do que
caiu. A alta já passa de 10%, neste pouco tempo. O mercado já projeta que
passará dos 100 mil pontos.
O fato é que o governo central definiu as mesmas idades de
aposentadoria da proposta de Michel Temer, de 62 anos para as mulheres e de 65
para os homens. Entre a proposta atual e a de Temer está o tempo de transição.
A de Temer seria de 20 anos. A atual é de 12 anos. O governo inicialmente tinha
a expectativa de economizar R$1 trilhão em dez anos. Teórica e linearmente,
poderiam ser usados R$100 bilhões para abater do déficit primário, estimado
para este ano de R$129 bilhões. A expectativa pessimista veio da equipe Banco
Safra, de economizar R$700 bilhões. A expectativa mais otimista seria a de
economizar R$1,1 trilhão, conforme reviu a projeção anterior, do Ministro da
Economia, Paulo Guedes.
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