14/02/2019 - QUARENTA E CINCO DIAS
O governo do presidente Jair Bolsonaro completa hoje 45 dias.
A sua campanha foi na defesa de uma agenda econômica liberal, visando atacar os
pontos consensuais de reformas fundamentais, para o retorno dos investimentos,
da redução da taxa de desemprego, objetivando maior taxa de crescimento
econômico, por volta de 3% ao ano, muito embora as projeções do mercado
financeiro para o PIB, durante os quatro anos são de uma taxa média de 2,5%.
Austeridade fiscal fez o governo prometer acabar com o déficit primário em até
dois anos e para isto pretende fazer amplo programa de privatização das
estatais e de leilões para concessões de obras em parceria público-privada. Os
mercados nacionais e externos acreditam que a primeira reforma deverá ser a da
Previdência. Com o Congresso renovado muito provavelmente a reforma previdenciária
será aprovada. Mas não será fácil, visto que o governo ainda irá apresentar o
projeto nos próximos dias O Ministério da Economia afirma que fará ampla
propaganda sobre a necessidade da citada reforma.
Atualmente, a Previdência consome 58% das receitas da União
e, se continuar assim, em dez anos serão 80%. Portanto, não resta dúvida de que
se terá uma reforma da espécie. Convém lembrar que, desde Fernando Henrique
Cardoso, há 23 anos, que se tenta reformá-la. Os projetos presidenciais foram
discutidos, emagrecidos e engavetados. Agora, no início de governo, que está
forte, ela poderá ser aprovada. Porém, é um projeto que demandará muitas
negociações no Congresso.
O que se sabe é que haverá aumento na idade mínima para
homens e mulheres, tanto para o setor privado, setor público e setor dos militares.
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