09/02/2019 - CHOCHAS




Chochas são os termos certos das previsões lançadas hoje pelo Banco Itaú para o PIB nacional. Enquanto o IBGE não divulga o PIB de 2018, o Banco Itaú reduziu de 1,3% para 1,1% a estimativa para 2018. Já para 2019 reduziu de 2,5% para 2%. Para 2020 o número caiu de 3% para 2,7%. As razões principais decorrem do exame do quarto trimestre do ano passado, ainda não divulgado, calculado por ele está menor do que o previsto, além dos organismos internacionais, tais como o FMI, que também reduziu o crescimento mundial e o novo governo está indeciso ainda no envio das reformas estruturais ao Congresso, aguardando o restabelecimento do presidente da República, convalescendo de uma terceira e delicada intervenção cirúrgica.

Se a reforma da Previdência for aprovada, neste ano o reflexo seria a diminuição do déficit primário para 1,3% em 2019 e para 0,8% em 2020. Quer dizer, o Itaú não acredita em que o governo Bolsonaro gerará o déficit nem em dois anos. A estimativa da taxa de câmbio caiu para R$3,80 neste ano e para R$3,90 em 2020. As previsões inflacionárias são de 3,7% no biênio 2019/2020. Em linha da inflação acreditam que a taxa básica de juros permanecerá muito tempo em 6,5% anuais.

A linha do tempo de cem dias não será suficiente para que seja feita nenhuma reforma. Nenhum anteprojeto foi apresentado e já decorreram 40 dias. Não há um projeto de governo consistente. O Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, ontem mesmo defendeu as privatizações no centro das estatizações que é o BNDES e declarou: “Nós temos que pensar também que a velha política morreu. Nós não sabemos ainda qual é a nova, mas essa morreu”. Ora, existe uma indefinição muito grande nos atos do governo e as previsões já começaram a recuar.

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