20/02/2019 - CONFIRMA-SE A LENTIDÃO
A Fundação Getúlio Vargas confirmou o Banco Central, divulgando
mais uma prévia do crescimento do PIB de 2018, a qual cravou 1,1%. É a mesma
taxa que o Monitor da FGV anunciou para 2017, DE 1,1%, quando o IBGE ratificou
só 1%. Até 28 de fevereiro o IBGE divulgará a sua taxa oficial. Crê-se que não
será muito diferente. Assim, confirma-se a lentidão da economia brasileira,
desde que saiu da recessão de 2014-2016. Em outras palavras isso é praticamente
estagnação. Por que isso? Porque o País não está reunindo ainda as condições de
retorno a uma boa taxa de crescimento. Isto é, acima de 3% anuais. Carece-se de
equacionar o déficit primário existente ininterruptamente desde 2014. Sem ele,
restará pouco dinheiro para a infraestrutura, além do que, a carência dela não
atrai novos investimentos.
O economista Alexandre Schwatsman, em sua coluna quinzenal da
Folha de São Paulo, de hoje, examina a taxa de juros básica da economia. Para
ele, na próxima reunião, a SELIC será confirmada por um ano a SELIC de 6,5%.
Ademais, afirma ele que isso será prolongado por outro período de mais um ano,
visto que o crescimento da economia está muito lento. Se continuar tão baixo o
nível do PIB pode ser até que a SELIC baixe do seu menor nível histórico de
6,5%.
Faltam condições da economia doméstica, quais sejam as reformas
estruturais, tais como a política, a administrativa, da previdência, a tributária,
além do reforço bem atrasado das parcerias público-privadas. Além do mais, as
privatizações, as quais deverão reduzir o déficit anunciado também estão
atrasadas.
Faltam condições da economia internacional, quais sejam os
preços das commodities terem caídos, existe ameaça de redução do ritmo de
crescimento mundial e há um clima de “guerra” comercial, perante um
renascimento do protecionismo.
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