28/06/2018 POLÍTICA MONETÁRIA DE LONGO PRAZO
Incumbe-se no Brasil, desde 1965, o Conselho Monetário
Nacional (CMN) de projetar a política monetária de longo prazo. No curto prazo
e no imediato, atua o Banco Central (BC). Vale dizer que o CMN é o estrategista
e o BC o executor. O que há de novo? Considerando que uma das poucas vitórias,
mas de grande importância, está sendo o controle do processo inflacionário,
cuja inflação (2,8%) está abaixo do centro da meta de 4,5% e também abaixo,
hoje, já que as projeções não se farão manter por longo tempo, do piso da meta
de 3%, o CMN está projetando para 2019, em 4,25%; em 2020, em 4%, em 2012, em
3,75% Nestes termos, está assinalando que acredita que o País converge para ter
uma inflação estritamente controlada, o que é correto. Convém frisar que, em
2003, fixou-se ela em 5,5%. Ente 2005 a 2017, a meta foi mantida em 4,5%. Foram
13 anos, quando o CMN resolveu mudá-la para projeções anuais trimestrais,
definindo nova situação para o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. Por
seu turno, em cerca de menos de 2 anos, a taxa básica de juros, a SELIC, caiu
de 14,25% para 6,5% ao ano. A teoria econômica se refere ao fato de que, se a
inflação caiu substancialmente da casa de 10%, no final de 2015 para menos de
3% em 2017 e continua baixa, além das projeções é de que continuem também
baixa, as projeções de metas da inflação de longo prazo do CMN estão corretas.
A política da SELIC também. Mas, a economia patina e não cresce. Qual a razão? A
mais plausível é de que este governo não conseguiu restabelecer a confiança dos
investidores e dos consumidores, além de faltar com as reformas estruturais,
que estão sendo cobradas há muito tempo.
Uma prova do exposto é que, no período de 2013 a 2016, que
pegou toda a grande recessão, 341,6 mil empresas fecharam as portas no Brasil,
conforme informou ontem o IBGE. O segmento mis afetado foi o do comércio, que
perdeu 262,3 mil empresas nesse mesmo período. O Brasil tinha 5,05 milhões de
empresas em 2016, cerca de 6,3% a menos do que contabilizava em 2013, quer
dizer, 5,4 milhões.
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