06/06/2018 - EMBRULHO DA INDÚSTRIA
No meio da cadeia produtiva, tendo à montante a agropecuária;
à jusante, comércio e serviços. Portanto, conforme é conhecido a indústria é
capaz de gerar maior valor agregado. É exatamente ela que mais perdeu posição no
PIB, nesta década incompleta, que só tem cerca de oito anos, até agora. O
embrulho industrial é aquele de ter assumido quedas maiores do que altas em
oito anos.
Dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que o setor
industrial acumula alta de 3,9%, em 12 meses (maio de 2017 a abril deste ano), sendo
o melhor resultado acumulado, desde maio de 2011, vez que cresceu 0,8% em
abril. Naquele mês, parecia que a indústria retomaria a estratégia de recuperação.
Porém, não se esperava que, logo a seguir, viesse a greve dos caminhoneiros, já
apresentando indícios nas pesquisas preliminares, de que o PIB industrial caiu
no mês passado.
O resultado de 0,8% de abril veio após a queda de 0,1% de
março e alta de apenas 0,1% em fevereiro. Com o dado de abril, em relação a
abril do ano passado, a alta foi de 8,9%. O resultado do mês citado veio acima
do esperado. A expectativa da agência Reuters era de 0,5%. Apesar da série
conhecida, ainda está abaixo em 14,6% do pico da série, observado em maio de
2011. Conforme o coordenador de indústria do IBGE, André Macedo: “Este
distanciamento já foi maior, como em outubro de 2016, quando esta distância
alcançava 20,9%. Mas, também já foi menor, como em dezembro do ano passado,
quando era de 13,4%.”
Segundo o IBGE, 13 dos 26 ramos industriais pesquisados
avançaram. Este resultado só não foi melhor do que em dezembro de 2017, quando
23 dos 26 ramos avançaram.
Fica, assim, aquela histórica recente oscilação, de subir em
um mês e cair em outro. Não está garantido o crescimento sustentado.
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