27/06/2018 - CAPACIDADE OCIOSA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
A recessão econômica recente, de 2014 a 2016, levou a
economia brasileira à elevada capacidade ociosa. Uma prova de como ela é grande
está na taxa de desemprego aberto dos trabalhadores formais de 12,9%,
correspondentes a mais de 13,4 milhões de pessoas. Considerando dados do IBGE,
a População Economicamente Ativa (PEA) seria de 63% da população total, ou
seja, 130,4 milhões. Trabalhadores com carteira assinada seriam 32,7 milhões;
sem carteira assinada, 10,9 milhões; por conta própria, 23,0 milhões; subempregados,
26,4 milhões; informais, menores, outros, 24 milhões. Somados os contingentes
acima de 13,4 milhões, 26,4 milhões, 24 milhões, tem-se 67,8 milhões de
nacionais, em constituir o maior ‘exército de reserva’ do País, ou seja, mais
de 50% da PEA ou mais de 30% da população total do Brasil. Um dado comparativo
interessante é de que a PEA de 130,4 milhões é de 90% do número de 145 milhões
de eleitores projetados para eleger o novo presidente da República.
Ademais, a mão de obra teria 20% colocada no setor primário;
21% no setor primário e 59% no setor terciário. Dados típicos parecidos com os
dos grandes países emergentes.
Tais dados corroboram aqueles divulgados para a indústria de
materiais da construção civil. Segundo a Associação de Fabricantes de Materiais
de Construção a ociosidade no segmento alcançou 68% em junho. Muito maior do
que os 50% da PEA ora citados. A situação era pior até o ano passado, quando
chegou a 70%, mas a pequena redução não aponta ainda para uma reativação da
indústria da construção civil com talvez uma das maiores capacidades ociosas da
indústria brasileira. Entretanto, devido à greve dos caminhoneiros de maio
passado, uma ducha fria, que abalou o País, a referida associação calculou que
foi zero a perspectiva de melhora dos fabricantes de materiais de construção em
junho. Já em maio o otimismo tinha aumentado 5%.
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