21/06/2018 - EXTENALIDADES QUE NÃO SÃO COMPENSATÓRIAS
Em seu conjunto de erros, o governo de Michel Temer editou Medida
Provisória (MP) ontem, tirando dinheiro do Fundo de Investimento Estudantil
(FIES), um dos principais programas governamentais, para colocar no novo fundo
para Segurança Pública. Ora, se reforçar a segurança pública cabe ao governo
realizar uma externalidade positiva, mas, jamais, será externalidade tão
positiva como o investimento na educação. A externalidade na segurança poderá
poupar vidas e melhorar a forma de vida dos cidadãos. Porém, a externalidade na
educação faz o homem crescer a sua produção e produtividade, tão necessários ao
desenvolvimento econômico.
Evidentemente, que se o governo federal, minguante de
recursos, devido à expectativa de déficit primário de R$159 bilhões, cada vez
mais próximo de ser confirmado, ou de valor próximo a ele, principalmente pelos
efeitos da greve dos caminhoneiros de maio, não tem de onde tirar mais dinheiro.
Hoje mesmo, tendo o IBGE divulgado o IPCA-15, relativo ao dia 16 maio a 15 de
junho, de 1,1%, o qual fora o maior para o mesmo período desde 199 também fora
revelado o imenso estrago feito, sem contar com os reflexos da inflação anual,
que será puxada muito para cima.
A MP citada prevê retirar R$1 bilhão do FIES, de recursos
provenientes dos jogos da Caixa Econômica Federal, que fora no ano passado de cerca
de R$1,326 bilhão, repassados para o FIES, dessa mesma fonte. O valor
representa 15% do valor do ano passado para os fundos sociais, que não o
Programa Bolsa Família. A MP também prevê tirar dinheiro da APAE, Santas Casas
e Cruz Vermelha.
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